<div style="text-align: justify">Preparar o coração para receber um animal de estimação não é nada difícil. A fofura dos filhotes, as travessuras e o amor que eles oferecem fazem com que os amantes dos bichos queiram acolher todos os pets que encontram. A adoção, quando se oferece carinho, cuidado e um lar ao amigo de quatro patas, também exerce uma grande e positiva influência em quem se derrete com latidos e miados.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ao receber um animal em casa, no entanto, não basta se preparar emocionalmente. É essencial adaptar o ambiente que vai abrigar o novo morador. Existem cuidados necessários para a segurança do pet e também para evitar estragos e prejuízos. O especialista em comportamento e bem-estar animal Renato Zanetti explica que essas providências devem ser tomadas antes da chegada do pet.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Entre as primeiras medidas, é importante, segundo Zanetti, que o tutor providencie vasilhas de água e alimento individuais, uma caminha e a ração adequada para o animal que está recebendo. A coordenadora da linha veterinária da Pet Society, Carolina Cateneo, acrescenta que, no caso dos gatos, quando houver mais de um, é necessário que as caixas de areia também sejam individuais.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em casas com mais de um gato ou cachorro, é interessante que os potes de alimentação de um animal seja colocado distante da vasilha do outro, recomenda Carolina. Isso contribui para que os pets mantenham um bom relacionamento. Também é importante delimitar onde eles farão as suas necessidades.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">;Se o animal chega na casa e ainda não tem um lugar definido, vai fazer em um local errado e isso vai causar desgaste. Antes que ele tenha a chance de fazer xixi pela casa é importante que o espaço com jornal ou tapete higiênico já esteja pronto;, explica Renato.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ao sair de casa, os tutores devem observar se o animal poderá circular até o local onde costuma fazer suas necessidades e onde estão a água e a comida. Quando ele tem acesso livre por toda a casa, no início, dificilmente se adaptará a ficar preso quando estiver sozinho, esclarece Renato.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O ideal é que, no início, o pet fique em um espaço mais restrito, para os donos começarem o processo de educação. Ele vai experimentar e descobrir o que pode ou não fazer. E, à medida que for aprendendo, vai-se abrindo o acesso a outros cômodos da casa, como os quartos e a sala.</div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2017/10/15/633506/20171013184424510486a.JPG" alt="Maria Isabel reforçou as cercas: proteção para evitar a fuga de Nuno e Nina" /><br /></div><h3 style="text-align: justify">Rota de fuga</h3><div style="text-align: justify">Os cuidados valem tanto para os filhotes quanto para os que são adotados já adultos. Segundo o especialista em comportamento animal Renato Buani, antes de levá-los para o novo lar, é preciso verificar a decoração da casa. ;Guardar ou colocar objetos que o pet possa ingerir, por exemplo, parece besteira, mas é fundamental para evitar que logo cedo ele precise ser submetido a uma cirurgia, por exemplo.;</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Renato aconselha, ainda, verificar se há parasitas no local, como pulgas e carrapatos, principalmente nas casas com quintal. Em seguida, checar as possibilidades de fuga, como saídas de garagem e buracos em cercas. ;Tem muita gente que leva o animal para casa no impulso e acaba sofrendo com essas situações. Todo o terreno deve ser avaliado antes;, avisa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em casas, grades e portões ajudam a manter a segurança do animal. Nos apartamentos, o ideal é que janelas e varandas sejam teladas e tenham trincos seguros. Em alguns casos, até armários acabam precisando de travas de segurança. Renato Zanetti brinca que, ao deixar um animal sozinho em um ambiente, é preciso considerar de que forma ;você deixaria uma criança de 4 anos sozinha;.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ele acrescenta que os animais com acesso à rua devem usar sempre coleiras com identificação e contatos do dono. E chama ainda a atenção para itens como fios de telefone e de computador, pedrinhas de decoração em vasos de planta e até mesmo o adubo usado nos jardins da casa. ;O cachorro e o gato vão explorar o ambiente. Ainda mais se forem filhotes, essas medidas auxiliam muito.;</div><h3 style="text-align: justify"><br />Cercas e plantas</h3><div style="text-align: justify">A coaching Maria Isabel do Couto, 51 anos, precisou adaptar a casa pela segunda vez para a chegada de dois novos filhotes. Quando adotou os mais velhos, os vira-latas Nuno e Nina, de 8 e 7 anos, ela também precisou mudar todo o ambiente.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Como são de médio porte, Nuno e Nina passam os dias no quintal e as noites no canil construído especialmente para eles. Mas, para que se acostumassem, as portas da casa tinham que ficar sempre fechadas. As grades entre o quintal e a rua e as casas dos vizinhos precisaram ser reforçadas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Vira e mexe surgem buracos nas cercas, que sempre precisam de manutenção. Com a chegada dos filhotes Duque e Luna, a proteção foi reforçada com dois fios de arame. Maria Isabel e o marido pretendem fazer um novo canil para os menores.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Enquanto isso não acontece, prepararam caminhas e um cercado para eles na varanda da casa. ;Mas agora todos estão dormindo ali, porque os mais velhos ficaram com ciúmes e acabaram se juntando aos pequenos;, conta Maria Isabel.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">;É importante ficar sempre de olho;, revela. ;A Luna já chegou a escapar para a casa do vizinho e, depois disso, começamos a rever todos os pontos e buracos da cerca. Também ficamos com atenção nas plantas que crescem por aqui, para evitar qualquer acidente.;</div><div style="text-align: justify"><br /></div>