A modalidade seria uma mistura de jazz com balé. Exige postura, equilíbrio e sensualidade. ;Você trabalha o eu interior, a feminilidade. Você precisa se sentir à vontade para se mostrar, ter respeito por si própria;, define Ila Delahis, 38 anos, que há mais de um ano e meio descobriu a dança no salto e se apaixonou. ;Você se sente mais dona de si;, diz a moça, que sempre amou Madonna e, na adolescência, dançava com o entusiasmo as músicas da cantora. Até descobrir que os gestos frenéticos que fazia com mãos e pernas para acompanhar a americana seria algo parecido com o chamado stiletto.
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A dança une ritmo e perfomance. Para aguentar tanto mexe, remexe de tronco e quadris é feito um alongamento. Pernas, costas e panturilhas são trabalhados. Abre e fecha de braços e de membros inferiores. É preciso esquentar a musculatura. O stiletto tonifica pernas, panturrilhas. Trabalha o quadril e ainda dizem que afina a cintura. Como é feito com saltos, os movimentos repetitivos podem lesionar joelhos ou coluna. Por isso, o professor Bob sugere que as alunas mantenham uma rotina de malhação.
Depois do estica e puxa, as aprendizes são convidadas a desfilar em cima de um sapato de, no máximo, 10cm. Ideal que seja preso ao peito do pé, para manter a estabilidade dos passos. ;O salto deixa o ritmo mais atraente e poderoso;, diz Bob. É praticamente uma aula de passarela. Na hora do chamado high heels, aprende-se a manter a postura. Passos cruzados, caminhar elegante. Nada de pernas abertas ou andar desleixado. É preciso seguir com a leveza de um flamingo. Diante do próprio reflexo, é hora de fazer carão. Nada forçado, apenas uma aula de autoconhecimento, para identificar as feições que lhe caem bem. Bob, que também é professor de expressão facial, diz que o olhar, o sorriso, a maneira de levantar a sobrancelha são aprendidos com treino. Ele próprio conta que conquistou seu belo sorriso depois de muito se exercitar diante do espelho. É questão de se ver e entender quais os movimentos te deixam mais sexy. O professor sugere, nas entrelinhas, que cada uma crie um personagem e se aproprie dele naqueles 60 minutos de dança. Se quiser levar o personagem para casa, esteja à vontade.
Agradecimentos: Studio de Dança By CIA
Leia a reportagem completa na edição n;545 da Revista do Correio.