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Muitas brasileiras já abriram mão da chapinha e do babyliss. Aposentaram qualquer equipamento para modelar o cabelo. No calor de Brasília, o secador é visto quase como um inimigo. O cabelo rebelde, que se recusa a estar como a dona quer, também. Mas contra esse, muitas desistiram de lutar. Aos poucos, até os mais opressores do mundo, como os ditadores de moda, deixam as regras de lado e focam na beleza natural. Essa foi uma aposta conferida na passarela de alguns desfiles do São Paulo Fashion Week, inverno 2016.
Parece que a moda é mesmo não estar com tudo tão no lugar. A proposta é abraçar e até reforçar aquilo que sempre se pregou ser inadequado, feio ou bagunçado. Quando o tema é madeixa, que exige tanto tempo para se arrumar, a tendência apresentada oferece algo de muito libertador. Sair com os fios molhados e deixá-los secar como bem entenderem é coisa que poucas mulheres têm a audácia de fazer. Agora, diz a moda que corajosas são as que gastam meia hora para arrumar mecha por mecha com um babyliss, por exemplo.
O desfile da Animale exibiu mulheres com os cabelos lisos e cheios de frizz, com ondas irregulares e também encaracolados. Todos igualmente bonitos. A ideia de que na passarela pode e na vida real não foi subvertida. O que se vê nas ruas é o que apareceu no desfile. As modelos apresentadas pela Uma, da estilista Raquel Davidowicz, assim como as de Ronaldo Fraga exibiram cabelos desfiados com o pente. Em Uma, eles estavam soltos e extremamente volumosos. Na beleza da marca mineira, estavam contidos por um rabo de cavalo.
Leia a reportagem completa na edição n;545 da Revista do Correio.
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