Quem disse que mulher não entende de carro? Conheça Agda Óliver, mecânica e empresária que, com mais três mulheres e três homens, comanda uma oficina mecânica em Ceilândia. Após ser enganada ao levar o próprio veículo para uma revisão, Agda decidiu que não passaria por essa situação novamente e não gostaria de ver outras mulheres vivenciarem o mesmo problema.
Com uma ideia fixa na cabeça e muita vontade, a bancária largou o emprego e investiu na nova profissão. Por dois anos, fez cursos de mecânica, gestão e plano de negócios no Sebrae. E assim, em 2010, lançou uma oficina dedicada ao público feminino com intuito de esclarecer e explicar para as clientes o que está acontecendo com o carro e não somente consertá-lo. E, para a felicidade da visionária empresária, a ideia deu tão certo que hoje a clientela é 70% feminina.
Pois bem, sujar as mãos de graxa não é problema para essas profissionais que não deixam a vaidade de lado. Sempre estão com as unhas pintadas, cabelos arrumados e até uma sandália rosa serve de componente para dar leveza e glamour ao ambiente tão masculino. "E só não temos mais mulheres mecânicas, por não encontrar mão de obra no mercado", diz Agda, que, por seu trabalho diferenciado foi convidada a carregar a Tocha Olímpica, quando o símbolo passar por Brasília.