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Para uma peça ser bonita ela precisa ter um corte diferenciado, uma modelagem que valorize o corpo e um acabamento precioso. O tecido enobrece ainda mais o conjunto de requisitos que definem o quanto vale uma roupa. E não estamos falando só de quantos reais ela custa, mas o quanto a peça pode ser considerada exclusiva e trabalhada.
Em tempos de fast fashion, em que tudo pode ser copiado, os tecidos únicos e trabalhos manuais se distinguem no meio da moda pasteurizada. Nas passarelas da SPFW, eles têm chamado a atenção e ganhado brilho próprio. No quarto dia de desfiles, a estilista Patrícia Vieira impressionou por suas peças em couro. O material ganhou estamparia de aquarela, que reproduzia a exuberante paisagem natural da Costa Rica.
O couro, nas mãos de Patrícia, ganhou textura. Ficou vazado, foi cortado a laser. O forro de tom contrastante criou um efeito rendado e leve nas peças. Pequenos espelhos, aplicados à mão, foram transformados em pétalas de flores. Delicadeza que quebrou a suposta rigidez associada ao couro.
Suavidade também define os tecidos escolhidos pela Acquastudio. Inspirada nas cerejeiras do Japão, cujas flores simbolizam a divindade, a marca apresentou tecidos delicados, bordados manualmente. Vidrilhos, miçangas, pérolas e flores de tecidos foram matérias-prima de um trabalho artesanal que transformou um simples tubinho em uma roupa sofisticada e única.
A moda praia de Lenny também chamou a atenção pela nobreza dos tecidos. Inspirada nos bailes de carnaval e blocos de fantasia, ela cobriu saídas com tiras de paetês, usou organzas bordadas, enfeitou os biquínis e maiôs com penas cortadas a laser e aplicações de macramê.
A GIG manteve o dna da marca: tricô encorpados e de estamparia exclusiva. Texturas que enchem os olhos e diferenciam o armário de qualquer mulher.
A repórter viajou a convite do evento.