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Três perguntas para Mauricio Beltramelli

O sommelier, mestre em estilos de cervejas, é autor do livro As 100 melhores cervejas brasileiras

O que a cerveja brasileira tem de diferente?
O legal da cerveja brasileira é que ela não tem nada de diferente da internacional. Fazemos cervejas tão boas quanto as importadas, competimos em pé de igualdade. Todo país tem ingredientes regionais, o que faz a cerveja ser boa é o estudo, a atenção, os detalhes. Ela tem que ser bem feita.

O mercado das cervejas especiais continua expandindo no país. Qual é o motivo?
Vários fatores influenciam. Desde o começo dos anos 1990, a população brasileira teve um aumento de renda e começou a viajar mais, a ter acesso a produtos importados. Tendo contato com cervejas internacionais, surgiu a vontade de reproduzir em casa o que se bebe lá fora. Aconteceu com o vinho e, agora, está o fenômeno se repete com a cerveja.

Como foi selecionar somente 100 cervejas para o livro?

Foi bem difícil. A maioria das pessoas acha que temos poucos rótulos, mas temos quase 120 tipos de cervejas e quase mil rótulos brasileiros. Todas as populares representam só um estilo de cerveja. Foi complicado, estamos fazendo cervejas tão boas que até doeu no coração deixar algumas de fora. Escolhi por um aspecto técnico. É um trabalho complicado, mas alguém tem que fazer! (risos)