No ponto mais alto do que se chamava Fazenda Bananal, há quase 60 anos, foi fincada uma cruz tosca feita das árvores daquele pedaço do cerrado. Ficou como uma pedra fundamental da área escolhida pela Comissão de Localização da Nova Capital para a construção de Brasília. A escolha se deu em maio de 1955 e, no local, foi celebrada a primeira missa da futura cidade, em 1957.
Hoje, sobre aquele ponto, ergue-se a Praça do Cruzeiro, com uma réplica da cruz original. Fica atrás do Memorial JK, está a 1.172m do nível do mar, e é um ótimo mirante para o pôr do sol candango. A praça é muito frequentada e, este ano, serviu de palco para o bloco carnavalesco Babydoll de Nylon, reunindo milhares de pessoas.
Nesta época de seca, quando o anoitecer é deslumbrante, tem gente que, na volta do trabalho, estaciona o carro na praça para admirar o espetáculo. Com a nova ciclovia, o acesso ficou ainda mais fácil. Famílias levam as crianças para correr e pedalar e muitos fotógrafos de casamento clicam, ali, o ensaio das noivas. Além de tudo, virou cenário de selfie de turistas.
Quando o Sol chega à linha do horizonte, uma maresia enfumaça o cruzeiro. Tem dia que o astro ganha até palmas.