Logo na primeira aula, o aluno deve aprender sobre a modalidade em si. Depois, criar intimidade com o tecido. É importante ressaltar que o trabalho de iniciação nessa modalidade é feito de maneira gradativa. O alongamento para aquecer os músculos é fundamental e os iniciantes devem começar com acrobacias simples, a poucos metros de altura, para garantir a segurança e o conforto.
Não existem restrições para a prática. Nem de biotipo, nem de faixa etária. Crianças podem começar a partir dos 10 anos. Cabe ao professor adaptar a aula à peculiaridade de cada aluno. O peso também não é importante na hora de começar a treinar com o tecido acrobático. "As pessoas me perguntam muito sobre peso e sedentarismo. Estar acima do peso ou parado são, inclusive, um incentivo. Aceito todos os tipos de alunos. Tenho os mais variados aprendizes, até com deficiências físicas", afirma a professora de acrobacia aérea Ana Sofia Lamas.
Por ser uma modalidade muito peculiar, algumas técnicas mais complexas exigem o uso de equipamento de segurança. O colchão é indispensável durante as aulas, pois os alunos podem eventualmente cair. As acrobacias mais executadas são manobras, combinações, quedas, voos e contorcionismos.
A bióloga Fabíola Bokos, 42 anos, interessou-se pela aula de tecido em uma visita rotineira à academia. "Eu vi uma demonstração e me apaixonei", conta. A bióloga frequenta as aulas de tecido há quatro anos e afirma ter notado muita diferença tanto no corpo quanto na parte emocional. "O meu braço está mais forte; o abdômen, bem trabalhado. Eu tenho mais equilíbrio e me livrei do medo de altura. Fiquei com mais autoconfiança", conta.
Fabíola combina as aulas de tecido com outros exercícios. Pratica corrida de rua ; até 21 km por semana ;, faz ginástica localizada com peso e aulas de abdominal. O exercício no tecido acrobático não é focado na perda de peso. Pode ajudar na queima de calorias, mas deve ser combinado com outros exercícios e alimentação equilibrada. "O tecido acróbático é uma modalidade que exige muito esforço físico. Em média, uma hora de atividade consome cerca de 300 calorias", afirma o professor José Carlos Lopes. Lopes também destaca a versatilidade do tecido. "Há desde técnicas e acrobacias simples a outras extremamente complexas e que exigem um desenvolvimento técnico e físico elevado", explica.
Leia a reportagem completa na edição n; 479 da Revista do Correio.