A comercial de prédios iguais é diferente de todas as outras do Plano Piloto. Polêmica, foi construída pela Terracap como se fosse uma só projeção, quer dizer, um só prédio ligado por suas passagens subterrâneas ; ideia da arquiteta Doramélia Marra da Motta. Suas lojas seriam viradas para as quadras 205 e 206 Norte, respeitando a concepção original de Lucio Costa.
Hoje, o pouco comércio está voltado para a rua. Entregue em 1979, o complexo com rampas, terraços, passagens e jardins suspensos (maltratados) está se tornando uma galeria cultural. Tem o Teatro Cena, de Guilherme Reis, ateliês de artistas plásticos, como Raquel Nava e Gê Orthof, loja de artesanato e escola de música. Também abrigou o Mercado ArteFoto e o Quadrarte. Em um corredor, tem uma imensa foto da obra de Maria Martins para o Alvorada, parte do acervo de Graça Ramos, estudiosa da obra da escultora e pioneira na quadra.
Os artistas da cidade interagem com o espaço: Alexandre Ribondi está em cartaz com a peça Virilhas; Nicolas Behr, com o Coletivo Transverso, colocou poemas nas rampas; o grupo Any Amy Way gravou um clipe na passagem toda pintada por grafiteiros. Graça acha que um café daria um charme ao lugar e conforto aos visitantes. Em uma das paredes, está escrito: "Tuas ruínas precoces". Em outra: "A arte salva".