Jornal Correio Braziliense

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'AsPirações Populares'

No carnaval de 2007, o Politburo da Sociedade Armorial Patafísica Rusticana, o Pacotão, errou as contas e comemorou, com um ano de antecedência, os 30 anos do bloco mais irreverente da cidade, coisas que só acontecem com a agremiação de Charles Preto, presidente, ditador vitalício, plenipotenciário e imaginário.




Foi o último desfile com a velha guarda. Os foliões sem fôlego só deram uma volta no estacionamento do Bar Brasília. 2012 foi um ano de perdas prematuras para o antigo Pacotão. Fernando Lemos, Brodher e J Pingo, jornalistas que ajudaram a fundar o bloco, foram desfilar no andar de cima com Cláudio Lysias, Pererinha, Aníbal, Bolão e Carlão, anarquistas da comissão de frente. Desde 2005, a cidade assumiu o bloco ; agora menos contestador, tem até apoio oficial, impensável para o antigo Politburo.




Sábado passado, o Pacotão se reuniu na comercial da 408 Norte para escolher o samba para este carnaval. Teve apresentação do bloco Àse Dúdú, que levou os seus tambores e a sua alegria. Mais de 30 marchinhas foram inscritas, não faltaram polêmica e crítica aos governantes. Os compositores foram ao palco defendê-las. Não teve jeito. Pela décima vez, a marchinha escolhida foi a do Cicinho Filisteu. As Piriguetes... As Piriguetes...