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Chega a Brasília uma nova modalidade, que promete animar os adeptos da tradicional aula de pilates. Com música animada e novos acessórios, o Vbarre é uma mistura da atividade criada por Joseph Pilates e do balé clássico, e que vem fazendo sucesso nos Estados Unidos desde o lançamento do filme Cisne negro. As americanas que sonhavam com o corpo longilíneo de uma bailarina passaram a procurar atividades baseadas no balé, mas sem tanto impacto quanto uma aula na ponta dos pés. Assim nasceram os chamados barre methods, que juntam princípios do pilates e alguns passos da dança clássica.
O Vbarre pertence a esse nicho e agora se tornou uma opção para os brasilienses que sempre quiseram se aventurar no balé. A fisioterapeuta Luiza Guimarães foi aos Estados Unidos aprender a modalidade com a criadora do método Verônica Combs, e é a única professora a dar aulas de Vbarre em território nacional. ;O pessoal de Brasília gosta de cuidar do corpo e gosta de novidades;, justifica. Com a ajuda da barra, tradicional nas aulas de dança, os alunos podem trabalhar a posição de pés e braços, a postura, o alongamento e os agachamentos. E, apesar do uso de sapatilhas, a prática não deixa o pilates de fora. ;A concentração e a respiração, típicas da modalidade, estão presentes, assim como o trabalho forte na região central do corpo;, explica Luiza. Para dar um pouco mais de equilíbrio às alunas, os exercícios na barra prezam o desenvolvimento da musculatura dos glúteos.
Para quem quer desabrochar o desejo de ser bailarina, o VBarre é uma prática interessante, mas não tem o intuito de ensinar os alunos a dançar. Além da barra, são usados o slide, a bola, pesos e tubos elásticos para dificultar e criar resistência durante os exercícios. Esses acessórios não são próprios do pilates clássico, e ajudam a diferenciar a modalidade. Há também exercícios de repetição rápida, próprios para aumentar a frequência cardíaca e diferenciar a prática. Segundo a fisioterapeuta, podem ser gastas de 300 a 400 calorias por aula, dependendo do roteiro da aula e do aluno.
Apesar da semelhança com o nome e com os princípios do Xtend Barre, outra variação de pilates e balé combinados, há diferenças entre as modalidades. Entre elas, está o uso de uma esteira lisa, o slide, que faz com que o praticante perca o equilíbrio e seja obrigado a forçar a musculatura das pernas para permanecer no lugar ou completar o exercício. Para tornar a atividade mais complicada, é preciso usar um pano ou uma meia especial para diminuir ainda mais o atrito ; há exercícios nos quais as alunas devem repetir os movimentos várias vezes e outros em que é preciso usar a concentração do pilates para evitar escorregar. O Xtend é um exercício puxado, mas não tem atividades que aumentam tanto os batimentos cardíacos.
Uma das vantagens do Vbarre é que pode ser praticado por qualquer um, inclusive grávidas, além de homens, apesar de a grande maioria dos praticantes ser do sexo feminino. A aula é personalizada de acordo com as necessidades e limitações dos alunos. No estúdio de Luiza, são atendidas, no máximo, duas pessoas de cada vez. ;Assim, posso prestar atenção nas necessidades de cada um, evitar exercícios que não possam ser executados por conta de lesões e até tentar corrigir imperfeições;, afirma a fisioterapeuta.
Xtend X Vbarre
As duas modalidades são baseadas no balé
Ambas usam os pliés como agachamento e exercícios na barra típicos da dança
O Xtend e o Vbarre usam acessórios como pesinhos, tubos elásticos e pequenas bolas
O Vbarre tem o slide, uma esteira lisa que obriga os alunos a usar a musculatura das pernas e a ter bastante equilíbrio para executar os movimentos
O Xtend tem uma sessão de abdominais forte ao final de cada aula
As aulas de Vbarre contam com, no máximo, dois alunos de cada vez, enquanto o Xtend tem turmas maiores
O Vbarre é praticado em um estúdio de pilates, enquanto o Xtend usa uma sala de dança, com barra e espelho.