Bicicleta dobrada embaixo de uma mesa de trabalho? É menos um carro nas ruas, menos uma briga por vaga no estacionamento, menos poluição, menos barulho e mais saúde. Cada vez mais, tem gente pensando assim na capital. Pela ciclovia do Sudoeste, Cláudio chega ao trabalho no SIG. Um lugar que anda impossível de se estacionar sem correr o risco de levar uma multa. O ciclista dobra sua bike e a estaciona embaixo da sua mesa. Já Isadora mora no coração da Asa Sul. Ela não tem carro e nem sente falta. Faz tudo o que pode em cima das duas rodas, até à noite, para ir ao Beirute. Militante do mesmo movimento, funcionária do Senado, Paula sai do fim da Asa Norte na sua mountain bike e chega ao Congresso em 30 minutos. Na sua magrela, há vários adesivos de incentivo ao ciclismo. Passear no fim de semana, levar o filho à escola, comprar um ingresso no teatro, ir à padaria; Brasília sempre foi boa para pedalar, agora, com as novas ciclovias ; e se as empresas e órgãos públicos ajudarem, com vestiários e bicicletários ;, a cidade pode virar a capital das magrelas.