Não há dados sobre a incidência de surdez em cães ou em gatos, mas o problema é bastante comum. Geralmente, o dono nota a surdez quando o pet deixa de atender a chamados e se assusta quando o tocam. No começo, parece que o mascote está de pirraça. A professora Cecília Costa, 54 anos, percebeu que a cocker spaniel Milu, de 16 anos, estava ficando surda quando ela parou de reagir aos sons da casa. ;Antes, quando tocavam a campanhia, ela corria pra latir ou implicar com a pessoa que chegava. Agora, ela não percebe quando tocam;, relata.
Felizmente, a ciência tem avançado no diagnóstico desses casos. A Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, por exemplo, mantém um programa de pesquisa pioneiro. Segundo a veterinária Mariana Palumbo, especializada na Unesp, o principal avanço diz respeito à padronização e à eficiência do teste de potencial evocado auditivo de tronco encefálico ; como é chamado o exame de surdez ; para cães e gatos. Aline Corrêa explica que esse teste é feito com eletrodos e pulsos elétricos. ;O aparelho emite ondas elétricas através de pequenas agulhas que são colocadas em pontos específicos da cabeça do animal.
Os eletrodos são pequenos e, normalmente, não incomodam ou causam dor. Com um fone de ouvido na orelha do animal, um estímulo sonoro é emitido e, dessa forma, é possível registrar se o animal está ouvindo bem ou se há alguma alteração;, detalha. Cirurgias para implantar aparelho auditivo ; semelhantes àquele usado em humanos, que fica grudado junto a cabeça ; já existem, mas ainda não são realizadas no Brasil, informa Mariana Palumbo.
Saiba mais sobre a surdez em gatos e cachorros na edição impressa da Revista n;378