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Seca: use sem moderação

O inverno chega na quinta-feira e, com ele, o início da vida sem um pingo d'água, aquele período que o brasiliense ama no começo e odeia no fim. Saiba o que fazer e o que comprar para aproveitar ao máximo a época

A seca de Brasília é uma questão de extremos: ou você ama ou odeia ; embora seja bem possível experimentar as duas sensações numa mesma estação. Mas não adianta: é impossível fugir dela. Ela vai aparecendo aos pouquinhos. Coincide com o início do inverno. À noite, o friozinho fica pesado. As festas juninas pipocam por todos os lados. As árvores perdem as folhas e os ipês florem. Aos poucos, o calor vai ficando mais forte. Quem mora por aqui sai da toca. Aproveita o lago, faz festas no jardim de casa e a maldiz a chuva pelos quatro cantos do quadradinho. É quando o brasiliense se sente mais brasiliense. A lua-de-mel, entretanto, dura poucas semanas. Os lábios racham, a pele sofre. A grama seca, o verde dá espaço ao marrom. O barro toma conta dos canteiros da cidade.

Quando você menos espera, está tomando um copo de água a cada 30 minutos. Dormir sem um umidificador ou uma toalha molhada no chão fica insuportável. Aumentam as crises de bronquites, os sonos inquietos. Quando a umidade atinge 10% todo mundo odeia a seca. Os moradores de Brasília imploram por um pingo de chuva. O cerrado também. O fogo está por toda parte queimando áreas comparadas a campos e mais campos de futebol.

Tem gente que foge da cidade e vai respirar um ar fresco na praia. Outros preferem a calmaria da Chapada ou de Pirenópolis. É na volta que todo mundo alucina: ;Hoje escutei uma cigarra!”; ;Um amigo do meu primo disse que caiu um pingo de chuva em Taguatinga!”. Tem gente que faz planos para mudar daqui. O céu fica sujo. Uma mistura bizarra de fuligem e barro. Quando todo mundo está pedindo arrego, a tão sonhada chuva aparece. Nos primeiros dias, ela só ameaça.

Depois, não há quem segure. E, quando ela invade o verão, o brasiliense lamenta: ;Ai, que saudade da seca;!
Antes que você comece a odiá-la, curta a fase boa da seca. Saia de casa, vá a shows, exposições. Frequente o lago, os parques, as praça. Estoque o armário do banheiro com cremes hidratantes e outros produtos que aliviem o mal estar. Aqui estão 35 coisas para usar, abusar, fazer na seca.

1. Aprecie o pôr do sol no calçadão da Asa Norte
O deck na ponta norte do lago Paranoá, inaugurado em julho do ano passado, já foi incorporado na rotina do brasiliense. A alta movimentação no local já virou até motivo de briga entre moradores da 416 Norte. Mas não adianta, o calçadão enche todo fim de semana. Aproveite a seca, época que o céu da cidade fica mais bonito, e admire o por do sol mais bonito do país, no local mais charmoso da cidade.

2. Procure maquiagens com hidratante
Resolva dois problemas com um produto só. Procure base, pó e corretivo que além de esconder as imperfeições, também hidratem a pele. A Make Up Forever tem desenvolvido produtos que tem as duas funções. A base HD Invisible Cover Foundation tem uma fórmula líquida, leve e oil free, com textura extremamente suave. Além de dar um acabamento fosco de aspecto natural, oferece hidratantes nutritivos que protegem a pele do ressecamento. O corretivo HD Invisible Cover Concealer contém Fucogel, usado para melhorar a hidratação da pele ao corrigir o equilíbrio de água. Já o pó HD Microfinish Powder é dermatologicamente testado, completamente livre de talco e de parabeno e não desidrata a pele. Eles estão à venda na no site da Sacks(www.sacks.com.br). O preço sugerido da base é (R$ 177), do corretivo (R$ 118) e por fim o pó (R$ 133).

3. Transforme o seu guarda-chuva em sombrinha
Quem disse que em Brasília não dá para usar o guarda-chuva o ano inteiro? Assim que a chuva passar, use-o para se proteger do sol. Cada seca que passa, isso está virando um costume entre os brasilienses. As ruas estão cada vez mais coloridas. Na Uncle K existem modelos de sombrinhas de qualidade e com cores supercharmosas, perfeitas para contrastar com o céu azul sem nuvens. Esse modelo você encontra por (R$ 105).

4.Colore e hidrate a sua boca contra a secura e o frio
Você pode até escolher um hidratante de boca sem gracinha essa seca, mas que tal hidratar a sua boca com cor? O batom Rouge Cream Lipstick da Sephora Collection é uma boa pedida. A sua fórmula é hidratante e proporciona uma melhor cobertura, por causa da quantidade de pigmentos. A textura cremosa deposita a quantidade certa de cor e brilho, deixando-os bastante volumosos. O batom está à venda no site oficial da marca (www.sephora.com.br) por R$ 53.

5.Não largue a garrafinha de água
Foi lançado no Brasil um novo produto de hidratação pessoal, a Kor. Nascida em 2008 nos Estados Unidos, o objetivo da marca é aliar funcionalidade a um design elegante. As garrafinhas são desenhadas especificamente para o consumo de águas e feitas com Eastman Tritan; e aço inoxidável, materiais não prejudiciais à saúde. Além disso, a Kor é engajada nas questões da água. Parte do lucro dos produtos desenvolvidos é repassada a um seleto grupo de organizações sem fins lucrativos. Elas estão à venda no site oficial (www.korwater.com.br) e custam entre R$ 60 e R$ 90.

6. Mergulhe na piscina do Royal Tulip Brasília Alvorada
Se você não tem uma fonte para refrescar em casa ou não é sócio de algum clube, uma boa pedida é a do hotel mais famoso da cidade. O local é ponto de encontro de quase todos os famosos que pousam por aqui. Caiu até nos encantos de Bob Dylan ; que em abril fez show na cidade. Ele passou o dia no local, tomou uns drinks no bar e por fim entrou por 10 minutos na água. O hotel tem um pacote para quem quer passar o fim de semana por lá. Uma noite no local custa R$ 190 mais de 15% (5 de ISS e 10 de taxa de serviço). Neste valor, está incluso café da manhã e o uso da piscina, sauna, academia de ginástica e livre acesso aos restaurantes do complexo (Royal e Golden juntos). Além disso, o hotel oferece um passeio de barco que sai do pier do hotel às 17h e tem duração média de uma hora e meia. Custa R$ 28 por pessoa.

7.Borrife água termal três vezes por dia
A discussão sobre as vantagens de usar a água termal é polêmica. Há quem acredite que o produto traz muitos benefícios para a pele. Outras pessoas acham que é simplesmente água. Independentemente do lado que você se posicione, fato é que proporciona uma sensação refrescante. Nessa época em que o rosto fica tão comprometido a água termal acaba hidratando, suavizando e acalmando a pele. Tente adotar o hábito. A Vichy tem um bom produto sem conservantes, rico em minerais e oligoelementos. Encontrado em qualquer farmácia por R$ 49,90 (150ml).

8. Faça um piquenique na grama do Eixão
Aproveite que a principal pista de Brasília fica fechada aos domingos e feriados e aproveite a sombra de uma árvore para poder fazer um simpático piquenique. O lugar está cada vez mais movimentado com pessoas de toda idades, praticando os mais diferentes esportes. Monte o seu lanche: coloque queijos, bolos, tortas, frutas, pães deliciosos e não esqueça de um bom vinho. Empacote tudo e leve na charmosa cesta termica da marca Kenya. Encontra-se na Spicy por (R$ 118)

9. Calce uma botinha de cano curto
O barro da seca de Brasília é cruel com nossos sapatos. Ele é capaz de destruir o nosso par favorito em poucas usadas. Por isso, invista em uma bota de cano baixo. Você pode usá-la na época do frio ; no início da seca ; com calça e meia calça. Depois, pode reaproveitá-la quando o barro tomar conta da cidade. Fica bonitinha com uma saia de algodão superfeminina. A botinha da Via Mia é fofa e apta para enfrentar o barro.


10. Tome um banho de mangueira
Quem passou a infância em Brasília sabe que quando a seca fica brava, o melhor jeito de se refrescar é com um banho de mangueira. Difícil imaginar que um tubo de plástico, por onde corre água, faria tanto sucesso entre as crianças. Resgate essa tradição e pegue uma mangueira no quintal de casa ou no jardim da quadra e jorre água nas crianças.

11.Vá em pelo menos em uma festa junina
Quando chega maio, as propagandas de festas juninas começam a aparecer. Vem aquele gosto na boca de pastel, quentão e churrasquinho. A temperatura começa a cair ; anunciando que a seca está chegando. As meninas tiram as botas de cano longo do armário e os meninos se arriscam a usar um cachecol. Fato é que as festas juninas já viraram tradição nessa época na cidade. O repertório é grande. Tem as tradicionais das igrejas e dos clubes, as festas que viraram baladas e por fim as diversificadas, como a do clube Nipo. O sucesso é tanto que elas vão até julho, se ainda não foi, ainda tem chance.

12. Leia em uma sombra fresca
Arrume um ipê florido no eixão ou um pilotis projetado por Niemeyer para sacar um bom livro. Uma boa pedida é o On the Road ; Pé na estrada de Jack Keroauc (Ed. L). A história é uma autobiografia que narra a viagem de carro de Sal Paradise e Dean Moriarty pelos Estados Unidos e México. Os dois passam por uma aventura que qualquer jovem um dia sonhou fazer: repleta de garotas, bebidas e, acima de tudo, liberdade. Lançado em 1957, virou um tratado para a geração beat (escritores da pós-guerra). Só esse ano, entretanto, que ele foi transformado em filme. O projeto foi idealizado por Francis Ford Coppola ; que detinha o direto de imagem do livro ;, mas coube ao brasileiro Walter Sales dirigir o projeto. Estão nos papéis principais: Kristen Stewart, Sam Riley, Garrett Hedlund e Kristen Dunst. On the road foi apresentado em Cannes mês passado e rapidamente virou sucesso de público e crítica.

13. Leve sempre um casaco na mão
As mudanças de temperatura na seca são cruéis. Por isso, invista em um bom cardigã para poder usar nas manhãs frias e nas noites congeladas. Todo brasiliense que se preze tem um sempre a mão. A loja masculina Reserva faz bons modelos e com um material de qualidade. Apesar de ser um modelo específico para homens, casaquinhos grandes sempre caem bem no guarda-roupa feminino. Esse modelo custa R$ 399.

14. Tome os sabores de sorvete que só são feitos nessa época
A Saborella é uma das principais sorveterias da cidade. Entre várias matérias-primas nobres ; como pistache e chocolates suíço ;, eles também trabalham com frutos do cerrado. Alguns sabores, entretanto, só conseguem ser fabricados nessa época por causa da colheita. Até o fim da seca, vão aparecer por lá sorvete de jabuticaba, jaca e pinha. Enquanto esse dia não chega, aproveite o novo sorvete deles, extra-nero, e relembre os clássicos frutas do bosque e pistache.


15. Espere a primeira chuva pós-seca na Praça do Cruzeiro
O por do sol do tradicional bairro brasiliense já é um dos favoritos de quem mora na capital. Tem até salva de palmas para o sol, no maior estilo Arpoador. Por isso, o local é o ideal para ver a primeira chuva. Fique com o ouvido ligado nas cigarras, faça as suas apostas e quando cair o primeiro pingo, corra para lá. Para quem nunca foi, aproveite e conheça o local histórico. Foi ali, na Praça do Cruzeiro, que Brasília começou. A cruz marca o ponto de 1.172 metros de altitude, escolhido como o início do Eixo Monumental.

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