Por Vinícius Pedreira // Especial para o Correio
Para a consultora jurídica e protetora independente Janaína Almeida, 24, há sim um preconceito latente, que leva os homens, em determinados ambientes, a criar os mascotes de uma forma mais fria. No entanto, ela vê uma mudança considerável, não apenas no tratamento dado pelos homens. ;Nós percebemos uma revolta maior em relação aos maus-tratos com animais de um modo geral ; há manifestações contra o uso deles em laboratórios, em rodeios, então creio que houve uma certa evolução;, argumenta.
De acordo com o assistente social e protetor Leonardo Ortegal, 26, é o machismo que muitas vezes dificulta a tentativa do homem ser mais carinhoso e cuidadoso com os animais. ;Antigamente, era matar para ser homem. Mas é interessante destacar que isso vem mudando. Cuidar bem de um animal, respeitá-lo, ter compaixão, é uma forma de se ser mais sensível;, diz, ressaltando que as mulheres aprovam tal atitude.
Dono da cachorrinha Amora, o administrador Bruno Pinheiro, 29, concorda que o preconceito vem diminuindo e a conscientização aumentando. Participante do chamado movimento abolicionista, isto é, de luta pelos direitos dos animais, Bruno revela ser muito preocupado com a mascote, de apenas três anos. O carinho é tanto que, para mudar de São Paulo para Brasília, não quis hospedá-la em um hotel para cachorros. ;A dificuldade foi que os hotéis não especializados também não aceitam animais. Então, a saída foi alugar um apartamento pela internet e vir com ela de carro;, relembra.
De acordo com a veterinária Simone Bandeira, a forma de relacionamento entre o sexo masculino e os pets vem mudando consideravelmente ao longo dos anos e, em alguns casos, há até uma inversão de valores. ;Hoje têm mulheres que chegam aqui (no consultório) reclamando do namorado, pois foi ele que insistiu para levar o pet ao veterinário;, comenta.
Agradecimento: Dois Amigos Veterinária
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