Texto e fotos de Zuleika de Souza
Sexta-feira, fim de tarde, um cheiro de churrasco invade a 113 Sul. No braseiro do Chiquinho, tem picanha, linguiça apimentada, filé de costela, queijinho... É a grande atração do happy hour do Paulicéia. O boteco é um clássico da capital. Numa mesa, comerciários; em outra, um senador da República com os amigos; noutra, assessores da presidenta Dilma. Também é um dos lugares preferidos de publicitários e fotógrafos. Pouco mais de uma dezena de mesas avançam pelo gramado, aproveitando a luz forte de um poste.
Raul, um português de Trás-os-Montes e candango de coração, herdou do pai também Raul, o bar, que está no mesmo lugar desde 1966. No começo, chamava-se Bar e Lanches Capital e, desde 1969, Paulicéia. Hoje, junto com o Raul Neto, comanda uma das feijoadas mais animadas da cidade. A receita é de dona Eugênia, mãe do dono, um botafoguense fanático. Cada dia da semana, na hora do almoço, tem o prato especial: na segunda, virada paulista; terça, cassoulet; quarta, rabada com agrião; quinta, dobradinha; sexta e sábado, a famosa Fejú. E o domingo? Domingo é o descanso do guerreiro Raul.