Fritz explica que ambas as nações consomem os mesmo alimentos, com finalidades parecidas, mas as formas de preparo sofrem diferentes influências. Como a região central da Europa era caminho para diversas outras localidades, durante as invasões, o trânsito de exércitos era intenso. Guerreando ou não, quem atravessava os territórios deixava, aos poucos, suas influências gastronômicas. As grandes guerras também tiveram sua cota de influência, pois trouxeram a esses povos grandes lições: como diversificar com os mesmos ingrediente, e afazer uma culinária econômica, sem deixar de ser saborosa. ;Aprendeu-se a fazer o máximo como o mínimo;, explica Fritz. Fora isso, as culturas vizinhas ; húngaros, suíços, poloneses e franceses ; deixaram suas marcas.
Por exemplo, em tempos de escassez, a batata reinava absoluta. Enquanto na França, Napoleão Bonaparte torcia o nariz para o tubérculo e os franceses o usavam para alimentar animais, os germânicos se esbaldavam com a raiz. Aos poucos, despertaram a curiosidade dos vizinhos que, anos depois, inventaram receitas emblemáticas à base de batata. O uso do alimento entre os germânicos era tamanho que eles foram apelidados de ;batatas; no velho continente, como explica Fritz.
E, de fato, elas acompanham diversos dos pratos mais tradicionais da Alemanha, e também da Áustria. Em especial, as carnes, frequentemente caracterizadas pelo uso sem cerimônias de gordura. ;Muitos pratos são mesmo pesados. Mas era necessário esse excedente de gordura para que as pessoas driblassem os invernos muito rigorosos;, justifica.
Foi mais ou menos assim que a carne de porco se tornou preferência absoluta. Seja no badalado joelho de porco, nos mais de 1.500 tipos de salsichões ou mesmo nas pastas com o toucinho e a gordura do animal. Além do porco, outra carne vermelha muito apreciada é a de vitelo. ;Ninguém liga para o filé mignon, o que se procura é a carne de vitelo, que é muito mais macia;, diz Fritz. Na Áustria, além de pratos com aves e o famoso goulash, um guisado de carne bovina com páprica de virar os olhos, a truta azul, oriunda dos riacho de águas de degelo alpinas, também reina entre vienenses. Para quem não quer cruzar o Atlântico, vale uma visita na 404 Sul para conhecer um pouco sobre essas delícias teutônicas.
Ingredientes
Costela
330g de costela de porco defumada
1 batata descascada
Repolho
1 cebola em fatias finas
1/4 xícara de chá de óleo
1 repolho roxo grande em tiras finas
2 maçãs descascadas em cubinhos
suco de 1 limão
Cominho
4 colheres de sopa de açúcar
4 colheres de sopa de vinagre de maçã
1/2 xícara de chá de água
1/2 xícara de chá de ameixas pretas secas sem caroços e cortadas ao meio
Sal e pimenta-do-reino
Modo de preparo
Cozinhe uma batata descascada em água com sal até que fique macia.
As costelas defumadas provavelmente já estarão temperadas quando compradas. Então, cozinhe-as por, no máximo, 15 minutos em pouca de água.
Repolho roxo
Aqueça o óleo e refogue a cebola.
Quando dourar, adicione o repolho, as maçãs, o suco de limão, açúcar, vinagre, água, cominho e uma colher de chá de sal.
Misture, deixe a panela tampada pela metade e cozinhe em fogo baixo por, aproximadamente, uma hora, até que o repolho esteja bem macio e a água tenha praticamente secado (se necessário, durante o cozimento, acrescente um mais um pouco de água).
Junte as ameixas, acerte o sal e a pimenta, e deixe no fogo por mais cinco minutos.
Se precisar, engrosse com um pouco de farinha de trigo. Você também pode usar vinho branco na finalização.
Retire e reserve.
Tempo de preparo: 20 minutos
Rendimento: 1 porção
Serviço
Fritz
CLS 404, bloco D, loja 35
3223-4622
Veja na edição impressa uma deliciosa receita do típico Apfelstrudel austríaco