Rio de Janeiro -- O quarto - e penúltimo - dia do Fashion Rio foi um dos mais tranquilos. Sem grandes atrações ou modelos famosas nas passarelas, o dia passou sem emoções. O ponto alto foi o desfile da Ágatha, que trouxe a modelo Isabeli Fontana e a nova top brasileira Aline Weber. O dia serviu também para confirmar as tendências que vêm aparecendo nos últimos dias. Os tons de marrom, os vestidos soltos e a barra em cima ou abaixo do joelho.
Walter Rodrigues
O desfile do estilista é sempre discreto. Sem celebridades, sem grandes modelos e, principalmente, sem muita floreação. Walter vai direto ao assunto: as peças de alfaiataria. Ele sempre coloca looks inteiramente pretos. Calças, camisas e casacos. Às vezes, ele alternava as peças com capas e saias longas. Mas desta vez, a grande aposta do estilista foi nas cores e até nas estampas. Foram vermelhos e azuis misturados. Chegando até em peças roxas - a mistura das duas. Destaque para os chapéus, boinas e turbantes que ajudaram na composição das modelos.
R Groove
A marca carioca desfila exclusivamente para o público masculino. A R Groove colocou na passarela peças menos coloridas e mais perto do universo dos homens - pelo menos na maioria das vezes. O estilista Rique fez parcas e trech coats, apostando nos blocos de cores em algumas peças. Fez calças Chino, o modelo em voga, de várias cores. Inclusive o roxo. O ponto mais ousado foram as estampas de ventilador que poderiam estar misturadas em um desfile da Versace.
Ágatha
A marca carioca desfilou pela segunda vez e já mostra que tem personalidade. Os vestidos balonê, feitos em diversos tipos de couro, já viraram marca registrada, assim como as peças trabalhadas com aplicações de tecido. Nesta temporada, a Ágatha investiu em brilhos, que apareceram em tecidos com gliter, no lurex, em borados e até no veludo molhado. As peças eram soltas e com recortes diferentes. Tudo muito bem representado no vestido prata, com textura que parece escamas, que a top Isabeli Fontana usou para abrir a passarela.
Filhas de Gaia
A ideia era juntar o melhor do Japão e da África. A mistura ficou interessante: peças minimalistas com estampas tipicamente africanas. Estavam lá o grafismo e os bichos [SAIBAMAIS]; cobra e zebra ; representando o continente arfricano. Assim como as fendas, os cortes secos e retos representando o oriente. As modelos usavam coques e maquiagem de olho puxado. As cores eram o roxo e o amarelo. A marca só esqueceu de colocar o inverno na passarela. A peça que melhor cobria o corpo era um macacão de manga três quartos e com um decote generoso.
A repórter viajou a convite do evento