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Na ponta dos pés

O xtend barre funde balé e pilates %u2014 uma proposta perfeita para quem deseja ficar esguia e flexível

É, à primeira vista, uma aula de balé. Na sala espelhada, há uma barra típica das aulas de dança, e os movimentos executados pelas alunas se assemelham a um treino comum. Só que, misturados a esses exercícios, estão os princípios do pilates ; equilibrio, flexibilidade, força e trabalho do centro do corpo para fortalecer a coluna. "Não é pilates nem balé, mas uma terceira modalidade, completamente diferente. O xtend barre une o que há de melhor na dança aos princípios de pilates. Os movimentos do balé são realizados de forma mais anatômica", explica a professora Audrea Lara, responsável por introduzir a modalidade no Brasil.

Inventado por uma bailarina americana, o xtend é democrático. Qualquer pessoa pode extrair benefícios de sua prática, inclusive os homens. Não é preciso saber dançar e os exercícios se adaptam a pessoas com lesões. "Além de uma boa atividade física, supre o sonho de quase toda mulher de ser uma bailarina. A maioria delas não se submeteria a uma aula convencional da dança", conta Audrea. A professora Joana Azevedo lembra que o perfil de suas alunas é heterogêneo ; algumas já fizeram aula de dança e pararam há muito tempo; outras nunca dançaram, mas sempre tiveram vontade; há também bailarinas que sofreram lesões e aquelas que querem melhorar o condicionamento físico. "É um exercício que trabalha o corpo de forma completa, emagrece e fortalece sem aumentar a massa muscular. O corpo fica longilíneo, pois trabalhamos alongamento e força ao mesmo tempo", explica Joana.

O treino, de 55 minutos, conta com acompanhamento musical agitado, que estimula os movimentos. "Por ser uma aula bem dinâmica, são gastas cerca de 450 calorias", afirma Joana. Não há uma parte do corpo mais trabalhada do que as outras durante a atividade ; as posições garantem que, durante um exercício de braço, por exemplo, as pernas também sejam usadas. Para aumentar a carga e a dificuldade, usam-se pesinhos de meio quilo, faixas, elásticos e bolas. Tudo muito leve para evitar impacto nas articulações. "No fim de cada aula, ainda fazemos uma sessão de abdominais", completa a professora. E não é necessário investir em uma sapatilha: as alunas, como no pilates, usam meias antiderrapantes.

A analista Patrícia Yukie, 26 anos, conheceu a modalidade na internet e frequenta as aulas há um mês. "Eu fazia aulas de pilates e já fiz outras danças, mas sempre quis fazer balé. Achei ótima a ideia de aliar as duas atividades", lembra. No começo, Patrícia teve bastante dificuldade para acompanhar as aulas rápidas e que exigem bastante ânimo. "Mas agora já acompanho melhor. Me sinto mais elástica, com os músculos mais rígidos e com bastante disposição", conta a analista. "Não consigo escolher um exercício que eu prefira, são todos bem puxados. Gosto mesmo é do fato de a aula ser bastante dinâmica."