Imagine uma aula de spinning. Normalmente, ela ocorre em uma sala com ar condicionado, luzes coloridas e música animada ; um ambiente planejado para incentivar os alunos. Agora, imagine isso tudo dentro d;água. Essa é a proposta do hidrospinning, modalidade que carregou as bicicletas para o fundo da piscina e levou os praticantes junto. ;O método é baseado no spinning convencional, embora, na água, a sensação de esforço seja muito menor;, explica a professora Ana Carolina Borges. A bicicleta submersa não tem carga, mas uma aula dessas gasta praticamente o mesmo número de calorias de um treino indoor ; entre 400kcal e 600kcal. ;A gente vai falando para os alunos pedalarem mais forte ou mais fraco; a água se encarrega do peso;, conta a professora Manuella Pimentel.
O meio aquoso reduz o impacto nas articulações, o que diminui o risco de lesões, trazendo mais segurança ao praticante. Por isso, o hidrospinning não tem contraindicações e pode ser praticado por quase todos. ;É indicado principalmente para gestantes, obesos e pessoas com lesões ósseas, articulares e musculares;, enumera Ana Carolina. Contudo, Manuela Pimentel lembra que é preciso medir mais de 1,55m para fazer a aula. ;É a altura mínima para praticar a atividade sem incômodo;, conta.
Os benefícios são muitos. Além de trabalhar o condicionamento físico e cardiovascular, a aula aumenta a força e fortalece a musculatura, principalmente nas pernas e nos glúteos. Mas a modalidade atrai mesmo é quem deseja queimar gordura. ;Reduzir as medidas é garantia para aqueles que realmente se dedicam à modalidade;, ressalta Ana Carolina. Outro diferencial é rapidez com o praticante se recupera. ;No indoor, o aluno sai da sala cansado. Aqui, 10 minutos depois da atividade, ele já está inteiro. O sono também melhora bastante;, diz Manuella.
A estudante Fernanda Alves, 24 anos, pratica hidrospinning diariamente há sete meses. ;Sempre quis fazer e queria levar minha mãe junto. Fiz a aula experimental e me apaixonei. Minha mãe nunca veio, mas eu nunca mais parei;, conta. A estudante lembra que, com dois meses de atividade, começou a perceber o fortalecimento muscular e uma melhora no condicionamento físico. ;Adoro a aula. Junta o sol, a água e a música com um resultado bacana que eu vejo no corpo;, garante.
Os benefícios do hidrospinning
- Fortalecimento da musculatura dos membros inferiores e superiores;
- Desgaste térmico reduzido, ajudando o aluno a manter a intensidade do exercício durante toda a aula;
- Grande variedade de movimentos, tornando o treino dinâmico, divertido e eficiente;
- Melhora o sistema circulatório, que é intensificado pela pressão hidrostática;
- Controle individualizado da intensidade;
- Baixo risco de lesões;
Fonte: Ana Carolina Borges
Outro hit das academias, o hidrojump tem movimentos muito parecidos com o da versão indoor. A diferença é que, fora d;água, o objetivo é fazer força para ter impulso e voar. ;É uma aula que provoca um estímulo ósseo e muscular, fortalecendo os membros inferiores e a cintura. Com o auxílio de camas elásticas que ficam dentro da piscina, o aluno impulsiona o corpo dando saltos e treina o equilíbrio;, explica a professora Ana Carolina. Dentro da piscina, o movimento acontece de forma diferente. ;Na água, o aluno tem que fazer uma compressão na cama elástica para não flutuar;, explica Sandra Roth, instrutora da modalidade.
A professora Kátia Silveira explica que a aula tem muitas indicações. ;Além de ser uma atividade para quem quer emagrecer ; uma hora-aula pode queimar até 500kcal, a aula tem pouco impacto nas articulações, ajuda o sistema linfático e previne ou trata a osteoporose;, garante. A professora Sandra afirma ainda que a aula acaba trabalhando uma espécie de drenagem linfática nos membros inferiores, graças ao movimento da água. Segundo ela, dentro da piscina, a frequência cardíaca volta ao normal mais rápido, o que possibilita um trabalho mais intenso, com maior queima de calorias. ;Além de menos impacto, a aula implica menos esforço cardíaco e não existe aquela possibilidade de cair da cama elástica. É uma atividade muito segura;, explica. Kátia lembra que a modalidade trabalha os músculos inferiores e, graças à cama elástica, a coordenação motora também é exercitada.
Apesar disso, alunos com labirintite e gestantes no começo da gravidez devem ter mais cuidado ao se matricular. ;O exercício trabalha bastante o equilíbrio e quem tem problemas no labirinto pode sentir-se mal. As grávidas até três meses ainda não têm muita consciência do seu novo corpo e também precisam de atenção;, afirma Sandra. A professora Kátia acrescenta que quem tem artrose ou insuficiência renal também deve ser cauteloso. ;Mesmo assim, as aulas são lotadas e a procura só vem aumentando, pois são divertidas e a piscina é um superatrativo nesse calor;, lembra Kátia.
Praticante de hidrojump há 14 anos, a aposentada Angélica Maraci, 64 anos, conheceu a modalidade no âmbito da hidroginástica. ;Sinto-me muito bem fazendo a aula ; brinco que quem faz hidroginástica e hidrojump não precisa tomar antidepressivo.; Ela conta que o hidrojump a ajuda no condicionamento físico e na manutenção do peso. Para Angélica, a água morna combina com o sol e o pouco impacto que a cama elástica promove não cansa os alunos.
Agradecimentos: Associação Cristã de Moços e Academia Destak
Equipamentos
- A bicicleta de hidrospinning é feita para funcionar com a pressão da água e é mais leve que a tradicional; é feita de material anticorrosivo para suportar o cloro da piscina.
- A cama elástica é praticamente igual à usada no jump indoor. A única diferença é que é feita de inox, para não enferrujar.