Flávia Duarte
Olívia Meireles
Carolina Samorano // Especial para o Correio
Sem tendências e sem regras. Assim pode ser definida a 10; Edição do Capital Fashion Week ; Pocket Edition, apresentada na última semana em Brasília. Nas passarelas, estilistas da capital, alguns convidados de outros estados e até vindos diretamente da Itália exibiram coleções que, apesar da proximidade do inverno, podem ser usadas em qualquer época do ano. Nenhum trabalho foi igual ao outro. Nenhuma imposição da moda ditou a perfomance dos estilistas do Capital. Cada um apostou no próprio estilo e mostrou que moda é mais que uma questão de mercado: tem a ver com a forma que você mostra ao mundo sua personalidade.
Sann Marcuccy
Preto, branco e cinza traduziram a obra do artista venezuelano Jesús Rafael Soto, inspiração do estilista. Listras sobrepostas, texturas e camadas trouxeram à passarela um pouco da ilusão de ótica que marca as obras de Soto. Couro, algodão e maxipaetê ; mesmo nas roupas masculinas ; fizeram o mix de materiais da coleção.
Paranoarte
Brasília e Roma Antiga uniram-se na passarela como contrastes. Os drapeados e a formas mais fluidas traduziam a cidade italiana, enquanto os modelos mais estruturados representavam a capital. Tecidos foscos e brilhosos também apresentaram-se na passarela em harmonia. A marca propôs cores quentes, como o vermelho e o marrom, e vestidos na altura dos joelhos.
Anna Paula Osório
Tecidos com brilhos, em tons dourados, foram a aposta da estilista para representar o universo masculino dos anos 1950. A sofisticação da época também foi traduzida em roupas bem cortadas e detalhes nobres, como abotoaduras, anéis e broches.
Ivan Hugo
O jovem estilista discutiu os arquétipos de beleza em massa e colocou na passarela roupas para quem quer se destacar pela individualidade. Peças pretas, desconstruídas, recortadas, em lã, moletom e lona foram escolhidas para representar a inspiração do contestador Ivan.
Vorix
A multimarcas Vorix propôs combinações e sobreposições ousadas para um homem moderno, que não tem medo de misturar estampas, cores e tecidos.
Akihito Hira
Chamar a atenção para o descuido com o meio ambiente. Essa foi a proposta de Akihito. Para isso, colocou na passarela modelos clássicos de alfaiataria feitos com tecidos artesanais, elaborados com materiais normalmente descartados. Ele ainda usou tricô, algodão e couro para criar seus modelos assimétricos e de acabamento sofisticado. Tudo em cores sóbrias, como preto e bege.
Cecília Prado
A mineira mostrou que o tricô não é o mesmo do tempo das nossas avós. Ela fez uma coleção de vestidos, calças, saias e sobretudos com o material. A mistura de fios, detalhes em crochês e toques artesanais deixaram a coleção moderna e sofisticada. A estilista chama o resultado de "hand made contemporâneo".
Romildo Nascimento
A mistura de tecidos, de corte de alfaitaria com artesanato deu certo na coleção assinada pelo estilista brasiliense. Com peças cheias de detalhes, ele conseguiu transformar peças básicas, como as camisas de tricoline, em uma roupa fashion.
M Missoni
A marca jovem da Missoni fez, no Capital, a sua estreia para o lançamento nacional da coleção. As peças são uma leitura, muito bem feita, da Missoni principal. Podem-se encontrar o vestido justo e sessentinha no clássico tricô da grife italiana e em seda. Os detalhes ficam por conta da sobreposição de peças largas com bases bem justas.
Confraria
A estilista Ana Paula de Ávila fez uma coleção limpa, seguindo bem a linha minimalista que vem dominando as passarelas internacionais. As bolsas são mais estruturadas e em diversos tons de marrom. Tem peças para apoiar no braço, no ombro, além de delicadas carteiras.