Vendem-se manchas de cachorro malhado, procura-se algo que faça feliz um velho chafariz e aluga-se uma casa bem assombrada nos classificados da poeta Marina Colasanti. Essas e outras ofertas foram parar no livro Classificados e nem tanto (Ed. Galerinha Record), acompanhadas das xilogravuras de Rubem Grilo. Em entrevista por e-mail à Revista, a autora fala um pouco sobre o bicho-da-poesia.
Como foi o processo de criação do livro?
Divertido! Levei mais de um ano fazendo. Porém, havia momentos em que a cabeça disparava, e ia metralhando ao longo de dias seguidos. Ria sozinha, me surpreendia. Era como se estivesse vendo as coisas por outro ângulo, pegando objetos, pessoas e sentimentos em flagrante.
O que pode despertar o interesse de crianças, jovens e adultos pela poesia?
O que leva as pessoas, de qualquer idade, à poesia é o encontro. Encontrar um poema que comove, que reverbera, pode ser definitivo.
E de onde vem a inspiração para suas obras?
Da vida. Do olhar. Das interrogações. Da conversa silenciosa consigo e com o mundo.