Aperto ainda maior no bolso enfrentou o brasileiro que se desloca de carro diariamente. Nas duas últimas décadas, os preços dos combustíveis saltaram mais de 917% nas bombas. Enquanto isso, nas rodovias país afora, a falta de conservação e de sinalização das estradas dá corpo a um dos trânsitos mais violentos do planeta. A média brasileira é de 18 mortes em acidentes a cada 100 mil habitantes.
Símbolos
A ascensão de 40 milhões de pessoas à classe média deu uma nova cara ao país. Agora, em vez do chuchu, que simbolizava a hiperinflação, são os planos de saúde, a tevê por assinatura e o tomate os vilões. E cada um deles pesou mais no bolso do brasileiro.
O chuchu já não faz mais parte do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o parâmetro oficial da carestia no país. Em 20 anos, o legume ficou 251% mais caro. Já o tomate, que em 2013 assumiu o protagonismo das críticas do custo de vida, teve reajuste maior no período, de 437%.Símbolos do real, o frango e o iogurte também pesaram no bolso. Entre julho de 1994 e maio deste ano, acumularam elevações de 330% e 239%, respectivamente.