O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (5/8), que ligou para o embaixador do Líbano no Brasil, Joseph Sayah, e ofereceu ajuda ao país após explosão ocorrida, nessa terça-feira (4/7), em Beirute, que matou mais de 100 pessoas e deixou outras 4 mil feridas.
O presidente, no entanto, não especificou o tipo de auxílio que será enviado. A declaração ocorreu durante a assinatura da Designação da Eletronorte como Agente Executor do Programa Mais Luz para Amazônia, no Estado do Amapá, ocorrida no Ministério de Minas e Energia.
“Desde o incidente de ontem no Líbano, nós no Brasil, como temos inclusive em torno de cinco milhões de libaneses aqui, nós começamos a fazer contat. ObMinistério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores e, agora de manhã, por intermédio do presidente do Senado, Davi (Alcolumbre), liguei para o embaixador do Líbano no Brasil”, informou o presidente.
O mandatário completou: “Então o Brasil vai fazer mais do que um gesto, algo de concreto, para atender, em parte, aquelas dezenas de milhares de pessoas que estão em uma situação bastante complicada, porque além de feridas, muitas residências foram atingidas. Então o Brasil está solidário. Em nome, obviamente, do governo brasileiro, manifestamos esse sentimento ao povo libanês e estaremos presentes na ajuda àquele povo que tem alguns milhões de seus dentro do nosso país.”.
Na saída do evento, Bolsonaro também falou rapidamente com jornalistas sobre o assunto. De acordo com ele, o governo está em contato com uma representante da comunidade libanesa em São Paulo para decidir a natureza da ajuda que será enviada. “Eles têm como melhor dizer o que precisam e o que nós podemos atender”, ressaltou, emendando que poderá colocar ainda um avião à disposição do país.
“Entrei em contato agora com o Ernesto (ministro das Relações Exteriores), tem uma hora, mais ou menos. Com o Fernando foi desde ontem. Tínhamos disponibilidade. Nós temos problemas com os meios, porque afinal de contas as Forças Armadas tiveram os seus meios bastante debilitados ao longo das últimas décadas. Então temos um KC-390 que podemos colocar à disposição do povo daquele país”, afirmou.
Questionado se seriam enviados homens ou equipamentos, Bolsonaro reforçou que ficará a cargo da comunidade libanesa em São Paulo decidir. Sobre a situação dos brasileiros que estão no Líbano, o presidente disse que não informações de que haja feridos graves.
“Tivemos informações que não tem nenhum ferido grave. Por uma coincidência, ontem a nossa fragata havia se deslocado para aproximadamente 10 quilômetro mar adentro e dez horas depois aconteceu esse episódio. E a fragata que estava lá, de Bangladesh, no lugar da do Brasil, foi completamente destruída e a tendência é ela ser tirada de circulação. Tá ok?”.
No final, Bolsonaro não respondeu a perguntas sobre quarentena para juízes disputarem eleições e finalizou a entrevista.
Solidariedade
Ainda no final da noite dessa terça-feira, Bolsonaro utilizou as redes sociais para lamentar o ocorrido em Beirute e prestar solidariedade às vítimas.
“Profundamente triste com as cenas da explosão em Beirute. O Brasil abriga a maior comunidade de libaneses do mundo e, deste modo, sentimos essa tragédia como se fosse em nosso território. Manifesto minha solidariedade às famílias das vítimas fatais e aos feridos”, escreveu.