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Justiça bloqueia R$ 11 milhões de Geraldo Alckmin e sequestra imóveis

Ação ocorre no âmbito da Lava-Jato, em processo que apura suposto recebimento de propina paga pela Odebrecht

A pedido da Polícia Federal, a Justiça Eleitoral de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 11,3 milhões de contas ligadas ao ex-governador Geraldo Alckmin. A decisão é do juiz eleitoral Marco Antonio Martin Vargas, foi tomada na quinta-feira (30/7), e foi divulgada nesta quarta-feira (5/8), pela PF.

 

De acordo com a corporação, o inquérito que trata do caso "fora concluído em meados de julho e encaminhado à Justiça Eleitoral, juntamente com o Relatório Final e a referida representação, visando  assegurar o ressarcimento ao Erário da quantia em relação à qual há fundados indícios de envolvimento na prática dos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro."

 

Alckmin é réu desde julho,  Ele é acusado de receber propina de R$ 11,9 milhões da Odebrecht. O dinheiro, de acordo com as investigações, teria sido usado para bancar as campanhas eleitorais de 2010 e 2014. Para o juiz do caso, o bloqueio é para evitar a evasão de recursos que posteriormente podem ser usados para ressarcir os cofres públicos.


"A manutenção dos bens sem constrição permitirá sua livre negociação, podendo envolver terceiros de boa-fé, pessoas futuras e eventualmente prejudicadas em razão de eventual transação promovida pelos indiciados. E mais, caso os investigados consigam transformar os bens imóveis em outros ativos, seu rastreamento se tornará mais difícil, o que prejudicará as investigações e a colheita de provas", diz um trecho da sentença.

 

O bloqueio também atinge Marcos Monteiro, que foi tesoureiro da campanha de Alckmin em 2014, e Sebastião Eduardo Alves de Castro, que também trabalhou para o político.  A defesa do ex-governador nega as acusações e diz que o cliente não cometeu qualquer irregularidade.