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Bolsonaro sobre covid: 'Morre gente todo dia por série de causas. É a vida'

A declaração foi feita após a inauguração de condomínios populares em Bagé, no Rio Grande do Sul, na qual ele comentou sobre os casos de coronavírus, disse lamentar as mortes e voltou a falar sobre o uso de cloroquina, embora não tenha eficácia científica comprovada no tratamento.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (31/07) que “morre gente todo dia de uma série de causas. É a vida”. A declaração foi feita após a inauguração de condomínios populares em Bagé, no Rio Grande do Sul, na qual ele comentou sobre os casos de coronavírus, disse lamentar as mortes e voltou a falar sobre o uso de cloroquina, embora não tenha eficácia científica comprovada no tratamento. 

“Nós temos três ondas a questão da vida, a recessão, e em cima da miséria, vem o socialismo. É isso que vocês querem no Brasil? Temos é que enfrentar as coisas, acontece. Eu estou no grupo de risco. Eu nunca negligenciei, eu sabia que um dia ia pegar, como infelizmente, eu acho que quase todos vocês vão pegar um dia. Tem medo do que? Enfrenta. Lamento. Lamento as mortes, tá certo. Morre gente todo dia de uma série de causas e é a vida. Minha esposa agora tá, depois de quase um mês que peguei o vírus, ela pegou”, apontou.

Bolsonaro ressaltou ainda que não está “apostando” na cloroquina, mas sim, que estudou sobre o medicamento. Mais cedo, ele exibiu uma caixa do medicamento a apoiadores. “Olha só. Cloroquina. Não é que eu apostei. Eu estudei a questão junto com médicos, via como estava sendo feito no mundo, em especial em países da África e quando você não tem alternativa, não proíba o médico que por ventura queira usar aquele tratamento. Se não fosse essa tentativa e erro da questão do receituário off label, fora da bula, muitas doenças ainda estariam até hoje existindo no mundo”.

O presidente completou: “Agora ainda não temos alternativa. O pessoal fala "ah, não tem comprovação científica". Todos nós sabemos que não tem comprovação científica, agora não tem também ninguém cientificamente dizendo que não faz efeito. É o que tem. Então vamos usar, ora. Ouvindo o médico, obviamente”.

Ao ser questionado sobre novas entregas de moradias, Bolsonaro respondeu que “faz parte” da agenda do governo e que ao menos uma vez na semana viajará pelo país.

“Falei que pelo menos uma vez por semana vou sair de Brasília. Ontem estive no Piauí. Tivemos na Bahia também, foi água encanada para 40 mil famílias que não tinham e a gente fica sensibilizado quando vê pessoas pedindo água para você. Coisa de comover. Não existe vida sem água. Estamos felizes em atender cada vez mais pessoas que necessitam”, declarou.

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O chefe do Executivo reiterou que melhorou com a ajuda da hidroxicloroquina e elogiou a maneira como o prefeito de Bagé conduz a crise na cidade, ‘sem fechar quase nada’. “O médico falou que, a princípio, era sintoma de covid, imediatamente me receitou cloroquina e no dia seguinte estava 100%, e naquele dia seguinte também deu resultado positivo do exame. Não tem problema. É uma coisa que tem que enfrentar desde o começo. Eu não quero criticar vocês [imprensa local] porque é meu primeiro contato, a grande mídia me massacrava e eu sempre falei: “Não tem como fugir. Vamos enfrentar”. Proteger os mais idosos, quem tem comorbidades, fazer como o prefeito fez aqui em Bagé. Parabéns, praticamente não fechou nada aqui”, emendou.

No entanto, ao ser perguntado sobre a nova CPMF, Bolsonaro não respondeu sobre o assunto e decidiu finalizar a entrevista.