O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou, nessa terça-feira (28/7), que "é hora de corrigir os rumos para que lavajatismo não perdure". Em uma live com advogados, o chefe do Ministério Público afirmou que a prioridade é garantir direitos fundamentais, e que em a gestão dele vai atuar para acabar com o "punitivismo" no Ministério Público.
De acordo com Aras, é necessário resguardar os dados de 38 mil pessoas que estão em poder de forças-tarefas da Lava-Jato, para que as informações não seja utilizadas para "chantagem e extorsão". "
"Agora é a hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure. Mas a correção de rumos não significa redução do empenho no combate à corrupção. Contrariamente a isso, o que nós temos aqui na casa é o pensamento de buscar fortalecer a investigação científica e, acima de tudo, visando respeitar direitos e garantias fundamentais", disse Augusto Aras.
As declarações foram alvo de reação dos procuradores. Roberson Pozzobon, integrante da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná criticou a indicação de Aras pelo presidente Jair Bolsonaro. “A transparência faltou mesmo no processo de escolha do PGR pelo presidente Bolsonaro. O transparente processo de escolha a partir de lista tríplice, votada, precedida de apresentação de propostas e debates dos candidatos, que ficou de lado, fez e faz falta”, escreveu ele no Twitter.