Após encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na tarde desta quinta-feira (23/7), que não estava na agenda, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deu uma sinalização de trégua entre Executivo e Legislativo, mostrando que haverá união de esforços na pauta para a retomada da economia da recessão provocada pela covid-19.
“Tudo o que nos divide, vai ficar para frente”, disse ele, ao ser questionado sobre o veto do presidente Jair Bolsonaro sobre a desoneração da folha de diversos setores e também sobre a proposta de uma nova CPMF, que ele é contra.
Segundo o parlamentar, as reuniões entre e o ministro serão “periódicas”, “permanentes” e com o objetivo de buscar soluções que atendam aos brasileiros mais vulneráveis, que ficarão sem emprego no meio dessa crise. “Vamos dialogar para a aprovação dos projetos nos próximos meses”, garantiu.
Ao lado do ministro na porta do bloco P da Esplanada dos Ministérios, onde fica o gabinete do chefe da equipe econômica, Maia aproveitou para mencionar que Guedes "foi fundamental" para que ele fosse reeleito para a presidência da Câmara.
O democrata ainda defendeu uma agenda parecida para a retomada que busca aumentar o investimento privado. “Como ele (Guedes), eu acredito muito que o Brasil vai crescer gerando marcos regulatórios e segurança jurídica para o setor privado investir”, declarou.
“Meu compromisso é com essa pauta de modernização do estado brasileiro”, afirmou Maia. Nesse sentido, ainda ele defendeu o avanço de pautas como a autonomia do Banco Central e a melhoria da produtividade da administração pública, com desindexação do orçamento.