O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez afagos e críticas veladas ao governo após a reunião com o presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro-chefe da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, o general Luiz Eduardo Ramos. Guedes e Ramos foram entregar propostas do governo para a reforma tributária na tarde desta terça-feira (21/7).
Maia já trabalhava para o retorno das comissões especiais que construirão, em conjunto uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para reformar o sistema tributário brasileiro. Maia destacou que o projeto do governo “traz propostas importantes com convergência com as PECs 45 e 110”, que debatem o tema. O presidente da Câmara elogiou, principalmente, o general Ramos, que, destacou, é capaz de criar um ambiente de debate calmo e transparente.
O elogio ao general Ramos também foi feito nesta segunda (20/7) em relação ao Fundeb. Com paulo Guedes, Maia acumula rusgas desde o debate a respeito do auxílio aos estados, há cerca de dois meses, quando a equipe econômica distorceu as palavras do presidente da Câmara para atribuir ao projeto dos deputados um peso financeiro maior que o anunciado. O projeto acabou tramitando primeiro no Senado.
Apesar das rusgas, em outros momentos, Maia ressaltou que vinha conversando com Guedes. Ele também pediu à imprensa que procurasse fontes conhecedoras do projeto do governo para noticiá-lo corretamente. “Peço à imprensa que ouça os que prepararam as propostas. Quando começamos a tratar de reforma tributária, vemos críticas de pessoas que têm legítimo direito de sua preocupação, mas que não sabem o que está escrito ou qual é o objetivo das propostas. É importante discutir a reforma tributária baseado no que está redigido”, disse.
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Foi exatamente nesse momento, que o parlamentar elogiou Ramos. “O ministro Ramos foi decisivo no Fundeb e será na tributária, pela sua paciência, diálogo transparente, aberto, e somado esforços, e ajuda os ministérios técnicos ter um articulador político que tenha paciência e condições de diálogo. Vamos continuar essa relação que, sendo de diálogo, só tem a trazer bons resultados para o país”, afirmou.
Assista ao discurso:
Reforma
Guedes, entregou pessoalmente, nesta-terça-feira (21/7), a primeira parte da proposta do governo federal de reforma tributária. O chefe da equipe econômica levou o projeto aos presidentes da Câmara e do Senado.
No texto, a equipe econômica propõe unificar o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que vão passar a ser um imposto só, com alíquota de 12%. Guedes não incluiu no texto, por enquanto, a criação de um imposto sobre transações digitais, nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).