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Bolsonaro sai em defesa de Pazuello após atrito com Gilmar Mendes

Em publicação nas redes sociais, presidente afirmou que o ministro da Saúde interino "nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua Pátria"

Nesta quarta-feira (15/7), o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do ministro da Saúde interino, general Eduardo Pazuello, devido às críticas do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), à presença de militares no Ministério da Saúde. Segundo Bolsonaro, "Pazuello é um predestinado" e "nos momentos difíceis sempre está no lugar certo para melhor servir a sua Pátria".

Durante o último fim de semana, Mendes reclamou da falta de um novo ministro da Saúde desde a saída de Nelson Teich em maio durante um debate online feito pela revista IstoÉ e pelo Instituto Brasiliense de Direito Público. Além disso, o magistrado destacou que a atual ocupação interina feita por um militar não condiz com os requisitos técnicos do cargo.

Ao rebater o ministro do STF, Bolsonaro elogiou o currículo de Pazuello, mesmo que o ministro interino não tenha formação médica, e afirmou que "todos nós queremos o melhor para o Brasil". Além disso, o chefe do Executivo garantiu que "o nosso Exército se orgulha desse nobre soldado".

"O Gen Pazuello é formado na Academia Militar das Agulhas Negras, na arma de Intendência, possuindo mais de 40 anos de experiência em logística e administração. Em 2014/2015 na sua primeira grande missão como Oficial General foi na criação do Centro de Obtenções do Comando Logístico do Exército", escreveu o presidente, em uma publicação no Facebook.

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"Em 2016, nos JO Rio 2016, o Gen Pazuello e sua pequena equipe foram convocados para a gestão da Logística Olímpica e Financeira na parte de Segurança e Defesa. A competição foi um sucesso e elogiada no mundo todo. Entre 2018 e 2020, a situação de Roraima foi agravada com um crescente número de venezuelanos fugindo da ditadura e fome de Maduro. Também lá o Gen Pazuello ficou à frente da Operação Acolhida. A ONU e o mundo elogiam até hoje as ações do Exército na região", acrescentou Bolsonaro.

Segundo o mandatário "quis o destino que o Gen Pazuello assumisse a interinidade da Saúde em maio último". "Com 5.500 servidores no Ministério o Gen levou consigo apenas 15 militares para a pasta. Grupo esse que já o acompanhava desde antes das Olimpíadas do Rio", observou.