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Devido ao coronavírus, eleições municipais em novembro não terão biometria

Decisão foi tomada após reunião de técnicos do tribunal com médicos

As eleições municipais marcadas para 15 de novembro com segundo turno em 29 de novembro não contarão com a biometria dos candidatos. A decisão é do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ministro Luís Roberto Barroso. Ele está seguindo as recomendações dos médicos David Uip, do Hospital Sírio Libanês, Marília Santini, da Fundação Fiocruz, e Luís Fernando Aranha Camargo, do Hospital Albert Einstein. O trio presta consultoria gratuita ao TSE sobre como tornar o pleito seguro para ocorrer durante a pandemia de coronavírus. 

Os especialistas acreditam que o uso da biometria por diversos eleitores em um mesmo equipamento pode aumentar o risco de infecção.  Além disso, o equipamento gera pequenas aglomerações, por conta do tempo que leva para ser usado. A assinatura, o modo antigo, por sua vez, é bem mais rápida. A decisão ainda não é definitiva, já que ainda precisa de um referendo do plenário do TSE, que está de recesso até 3 de agosto.

As eleições serão uma grande operação. A determinação do tribunal é que se leve em conta as condições de higiene levando em conta a situação dos mesários, eleitores, portadores de necessidades especiais e população indígena, que tem um sistema imunológico diferente do restante dos brasileiros.

Saiba Mais

O Congresso promulgou a Emenda Constitucional Número 107 em 1o de julho, após o texto ser cotado e aprovado na Câmara e no Senado. Foi o próprio Barroso quem trabalhou no convencimento dos presidentes Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), e de outros parlamentares, para fazer passar a proposta de emenda à constituição e postergar a data do pleito.


(Com informações do TSE)