Politica

Mourão diz que meta é ''reduzir o desmatamento ao mínimo aceitável''

Empresários e investidores alertaram governo e manifestaram preocupação com o avanço do desmatamento na Amazônia. Vice-presidente tenta reverter situação

Correio Braziliense
postado em 10/07/2020 19:22
Empresários e investidores alertaram governo e manifestaram preocupação com o avanço do desmatamento na Amazônia. Vice-presidente tenta reverter situaçãoApós videoconferência com empresários, na tarde desta sexta-feira (10/7), o vice-presidente Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia, disse que a meta é “reduzir o desmatamento ao mínimo aceitável”. Mourão tem tentado acalmar investidores e empresários, que questionam o aumento constante de desmatamento e degradação na Amazônia. Nesta semana, uma carta que já foi assinada por mais de 50 empresas no Brasil e fora, manifestando preocupação com o meio ambiente no país.

“Todos eles colocam a questão de que a gente tem que ter uma meta. Olha, nós temos que reduzir o desmatamento ao mínimo aceitável e obviamente as pessoas também entenderem que não pode mais desmatar. Você tem duas soluções: a difícil, que é manter a repressão, e a fácil,, que é o comprometimento das pessoas”, disse.

O vice-presidente afirmou que seria leviano chegar e dizer que irá reduzir o desmatamento em 50% e não possui meios para tal. “Eu prefiro que a gente consiga terminar o nosso planejamento e eu dizer que até 2022, a cada semestre eu vou reunir em ‘X’% até chegarmos no ponto aceitável. É algo factível, e não eu ficar fazendo promessa que eu não vou cumprir”, pontuou.

Desmonte

Saiba Mais

Mourão admitiu que existe uma defasagem grande na força de trabalho das agências ambientais, e que por isso, ele não vislumbra, ao mesmo a curto prazo, operar no combate ao desmatamento na Amazônia sem o apoio das forças armadas. O decreto que autorizou a atuação das Forças Armadas, na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), na região da Amazônia Legal terminaria nesta sexta-feira (10), mas foi estendido até novembro.

Conforme o vice-presidente, existe uma carência de 50% do efetivo, sendo que do quantitativo existente, só um terço está no combate direto, enquanto o restante fica em trabalho administrativo. “E não é só a Amazônia que o Ibama e o ICMBio tem que fiscalizar”, disse. 

Avanço

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta sexta-feira mostraram o contínuo avanço do desmatamento na Amazônia Legal. Observando a série histórica, foi o mês de junho com mais degradação desde 2007.

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