Politica

Bolsonaro diz sofrer pressão para o MEC e espera definir ministro amanhã

Pasta segue sem um titular desde que Carlos Alberto Decotelli pediu demissão em 30 de junho

Correio Braziliense
postado em 09/07/2020 20:46
Pasta segue sem um titular desde que Carlos Alberto Decotelli pediu demissão em 30 de junhoO presidente Jair Bolsonaro quer “colocar um ponto final” no processo de escolha do novo ministro da Educação nesta sexta-feira (10/7). O chefe do Executivo disse que está entre “cinco e seis nomes” e que há “muita gente boa” no páreo para assumir a pasta, que está sem titular desde 30 de junho. No entanto, o presidente alertou que o Ministério da Educação é “um grande problema” e que algumas dificuldades aguardam o próximo ministro.

“Espero amanhã colocar um ponto final no MEC, um grande problema. Tem muita gente boa. Por outro lado, muita gente boa, mas quando vê o tamanho do problema que é ser ministro da Educação, a pessoa recua. Às vezes até pela idade, sabe que é uma luta bastante grande”, comentou o presidente, em live nas redes sociais durante a noite desta quinta-feira (9/7). 

Bolsonaro disse também que quer “resolver a questão do MEC” para “mudar a educação do Brasil”. “O que foi feito até agora, até o começo do nosso mandato, não deu certo. A prova do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) bem demonstra isso. O que nós queremos é que, na ponta da linha, tenhamos bons profissionais para o mercado de trabalho, para ser empregado, patrão, liberal. O que queremos é isso daí, e temos que ter uma pessoa que promova o diálogo, que não é fácil, com todas as esferas da educação. Então, essa é a nossa vontade: ter uma pessoa lá conciliadora”, disse o presidente.

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Apesar das pressões, Bolsonaro comentou que não pode “botar as pessoas por indicações”. “A gente analisa os currículos de todo mundo. Conversei com cinco, seis deles pessoalmente. É cansativo. Tem que dar uma atenção especial, tem que tratar com consideração, dizer que a conversa é uma sondagem, um namoro. Porque tem muita gente que quer ser (ministro) apesar das dificuldades. E a gente tem dificuldades. Quando escolhe um, os outros cinco ou seis são preteridos e ficam chateados, muitas vezes, conosco”, explicou.

Bolsonaro disse que “se Deus quiser, a gente vai acertar com o nome que vai indicar amanhã”. “A gente espera resolver essa questão do MEC, porque tem todo um simbolismo especial a educação no Brasil”, destacou.

Nomes 


O último ministro à frente do MEC foi Carlos Alberto Decotelli, que acabou pedindo demissão em 30 de junho devido a inconsistências no seu currículo. A saída de Decotelli aconteceu antes de ele ser empossado. O professor ficou apenas cinco dias como o titular da pasta.

Desde então, uma série de nomes passaram a ser analisados por Bolsonaro. O secretário de Educação e Esporte do Paraná, Renato Feder, chegou a receber um convite oficial, mas rejeitou a proposta do presidente.

Um dos candidatos para o MEC é o pastor da Igreja Presbiteriana Milton Ribeiro, segundo o jornal O Globo. Membro da Comissão de Ética Pública da Presidência, ele é ligado à Universidade Mackenzie e apresenta no currículo doutorado em Educação.  

Outro que entrou na lista dos cotados para comandar o MEC foi o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO). Bolsonaro disse que o parlamentar seria uma opção de "reserva" ao pastor Milton Ribeiro. Também existe a possibilidade de o chefe do Executivo escolher Anderson Correia, atual reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

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