"Recebi na noite da última quinta-feira uma ligação do presidente Jair Bolsonaro me convidando para ser ministro da Educação. Fiquei muito honrado com o convite, que coroa o bom trabalho feito por 90 mil profissionais da Educação do Paraná. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação", escreveu.
O nome de Feder é cotado desde a saída do ex-ministro Abraham Weintraub, mas enfrentava grande resistência da ala ideológica do governo e da ala militar. Um dos pontos que degradava esse grupo é o fato de o possível ministro ter doado para a campanha do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), inimigo político do presidente. Havia também resistência da ala evangélica.
O secretário chegou a ir no Palácio do Planalto conversar com o presidente. Ao final, Bolsonaro decidiu pelo nome de Carlos Decotelli, indicação de militares. Ele, no entanto, entregou uma carta de demissão ao presidente após cinco dias no cargo, em meio a polêmicas envolvendo o seu currículo.
Decotelli disse que tinha doutorado e pós-doutorado, o que foi negado pelas universidades. Depois, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou uma nota dizendo que o ex-ministro, que não chegou nem a ser empossado, não era professor efetivo da instituição. No mesmo dia, Decotelli foi demitido. Ele disse que a nota da FGV foi a gota d'água, e em diversas entrevistas a chamou de 'fake', apresentando imagens de prêmios de reconhecimento por seu trabalho na Fundação.