A notícia surgiu horas depois do ministro já ter se reunido com Bolsonaro para explicar as informações inconsistentes que constavam em seu currículo. Ele teve dois títulos acadêmicos em universidades fora do Brasil desmentidos pelas instituições em que ele havia afirmado ter realizado os cursos e o caso da FGV não foi citado por ele na conversa. A posse de Decotelli, marcada para hoje (30) também foi adiada.
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"Desde quando anunciei o nome do Professor Decotelli para o Ministério da Educação só recebi mensagens de trabalho e honradez", destacou Bolsonaro.
O presidente completou dizendo que "todos aqueles que conviveram com ele comprovam sua capacidade para construir uma Educação inclusiva e de oportunidades para todos".
No entanto, com mais essa incongruência, a ala militar também já retirou o apoio a Decotelli. Em meio aos desencontros das últimas nomeações para a Educação, o MEC vive o acirramento das alas ideológicas e militares, que lutam para ver quem emplaca seu indicado.
O mais cotado para comandar o cargo é o do professor e reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Ribeiro Correia. Ele é ex-presidente da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Foi membro do Conselho Deliberativo e é atual pesquisador do CNPQ, nível 1B. Atuou na Equipe de Transição entre os Governos Temer e Bolsonaro, na área de Educação. Também constam no páreo o nome de do assessor especial do MEC, Sérgio Sant'Anna, aliado de Abraham Weintraub.; o do secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim; o do secretário estadual de educação do Paraná, Renato Feder e Ilona Becskeházy.