Politica

Posse do novo ministro da Educação é adiada após fraudes em currículo

O presidente Jair Bolsonaro exigiu checagem de currículo de Carlos Decotelli antes de confirmar uma nova data

Após o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, ter dois títulos acadêmicos em universidades fora do Brasil desmentidos pelas instituições em que ele havia afirmado ter realizado os cursos, o presidente da República, Jair Bolsonaro, adiou a posse de Decotelli para o cargo, marcada inicialmente para esta terça-feira (30/6). Ainda não há previsão para a nova data.

Antes de confirmar que vai realmente haver posse, Bolsonaro exigiu checagem do currículo de Carlos Decotelli. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Tribunal de Contas da União (TCU) estão investigando os demais títulos descritos por Decotelli no currículo do professor.

Nesta segunda-feira (29/6), Decotelli teve o título de pós-doutorado pela Universidade de Wuppertal (Bergische Universität Wuppertal), na Alemanha, desmentido pela instituição. Na sexta-feira, o mesmo ocorreu com o título de doutorado que o ministro brasileiro afirmava ter no currículo  disponibilizado na plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Saiba Mais

Há ainda uma suspeita de plágio na tese de mestrado defendida por Decotelli, em 2008, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro. Sobre isso, a instituição de ensino comunicou que "vai apurar os fatos referentes 'a denúncia" e que "está localizando o professor orientador da dissertação para que ele possa prestar informações acerca do assunto". 

Decotelli foi anunciado como o terceiro ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro na última quinta-feira. Após publicar os principais pontos do currículo dele, as universidades citadas se pronunciaram sobre a falta de veracidade dos títulos.