Um homem foi preso, ontem, após colocar fogo em um ônibus que trafegava pela Praça dos Três Poderes, próximo ao Palácio do Planalto, por volta das 17h30. Usando muletas e portando uma mochila, ele estava com uma garrafa de combustível nos fundos do veículo e gritava “Fora, Bolsonaro”. Foi detido por seguranças do Planalto quando tentava fugir e prestou depoimento na 5ª Delegacia de Polícia.
O acusado, identificado como Claudio da Silva, apresentou fala confusa e seria submetido à perícia no Instituto Médico Legal (IML) para averiguar possíveis transtornos mentais. Ele tem deficiência no braço e perna esquerdos.
O incendiário entrou no ônibus na Rodoviária do Plano Piloto. O veículo, da empresa TCB, fazia a linha Esplanada dos Ministérios. Quando se aproximava da Praça dos Três Poderes, gritos dos passageiros anunciaram o fogo. Mesmo com o veículo em chamas, o motorista Adilson José, 54 anos, conseguiu conduzi-lo até em frente do Planalto e estacioná-lo.
No momento do incêndio, 10 passageiros estavam no veículo. Nenhum deles se feriu. O responsável pelo ataque foi o primeiro a deixar o ônibus. O motorista, colegas dele de outros veículos e brigadistas do Congresso tentaram conter o fogo, mas as chamas só foram apagadas pelo Corpo de Bombeiros.
“O fogo estava concentrado na parte de trás do ônibus. Meu extintor esvaziou, e as chamas ainda continuavam”, disse Adilson José. Ele contou que nunca tinha visto nada parecido em 30 anos de profissão. “Este mundo está louco”, afirmou. No momento do incêndio, o presidente Jair Bolsonaro não estava no Planalto.