Para o deputado, a Justiça Eleitoral pode não ser capaz de realizar a análise da prestação de contas a tempo da diplomação. "O período de análise da prestação de contas os candidatos têm que ser levado em consideração. Você não pode diplomar um eleito, seja ele prefeito, vice-prefeito ou vereador sem que as contas deles tenham sido analisadas. Então, corre o risco de você não ter Câmara de Vereadores em 1º de janeiro. As prefeituras também teriam esse problema. Como vai ficar esse vácuo? Vai ser um problema muito sério", disse ele.
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O deputado federal excluiu a possibilidade de alteração da duração de mandatos, caso seja necessário. Ele esclareceu que a duração dos mandatos é cláusula pétrea da Constituição e só quem teria competência para alterá-la seriam os constituintes originais. "Nós somos constituintes derivados. Apenas os constituintes originários poderiam alterar isso. Se nós pudéssemos mudar o tamanho do mandato, seria mais fácil tirar um presidente da República dessa forma, em vez de entrar com um pedido de impeachment."
Hildo Rocha ainda se disse contra a realização de eleições unificadas de todos os cargos em 2022. Isso, na sua avaliação, deixaria o debate público mais pobre. "Se você junta tudo, a eleição municipal acaba sendo mais importante do que a eleição geral. Não conseguiremos discutir questões das eleições gerais. Sendo assim, perde-se a oportunidade de falar sobre questões importantes para o país".
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*Estagiário sob a supervisão de Vicente Nunes