Ao comparecer no velório do soldado do Exército Pedro Lucas Ferreira Chaves, de 19 anos, na manhã deste domingo (21/6), o presidente Jair Bolsonaro fez um discurso em homenagem ao militar e disse que "a missão das Forças Armadas, é defender a pátria e defender a democracia".
Além de se solidarizar com a família do militar, morto no sábado (20/6) em um treinamento no Campo dos Afonsos, na cidade do Rio de Janeiro, após o paraquedas dele não abrir corretamente, o presidente pediu a Deus que estendesse as suas mãos "sobre toda a nossa pátria querida" e que ele afastasse "de todo o mal a intenção daqueles que não querem que nós fiquemos vivos".
"Nós somos fortes. Temos um objetivo. Por vezes, não sabemos onde podemos chegar. Mas todos nós chegaremos a um bom destino. A nossa missão, a missão das Forças Armadas, é defender a pátria e defender a democracia. E como dizia (aquele) que se tornou um grande amigo, o ex-ministro Leônidas Pires Gonçalves (ministro do Exército durante o governo de José Sarney e que morreu em 2015), nós estamos a serviço da vontade da população brasileira", enfatizou o chefe do Executivo durante a sua fala.
Bolsonaro postou o vídeo da sua fala nas redes sociais. Durante o discurso, ele prestou condolências à mãe de Chaves e a outros familiares do soldado. "Senhores pais, senhora Aline. A sua dor é a dor de todos nós. Mas temos a certeza que o Deus pai todo misericordioso já o acolheu. Ele está entre nós", disse.
"Nós, pais e mães, damos as nossas vidas pelos nossos filhos. O momento é difícil, de consternação e de reflexão. De onde viemos, para onde iremos nessa nossa rápida passagem pela Terra", completou.
Bolsonaro ainda comentou que, por ser jovem, Chaves buscava "vencer obstáculos" e "superar limites". "O jovem Chaves, no momento, está na zele eterna, na zele de Deus, onde todos nós um dia nos encontraremos", lamentou Bolsonaro.
"Ele, aqui, ao buscar vencer um obstáculo, se preparava, treinava, se empenhava, sofria, mas tinha um objetivo: formar-se e ser um militar da nossa gloriosa Brigada de Infantaria Paraquedista, cujo objetivo, com as demais Forças, Marinha e Aeronáutica, era defender a sua pátria e, acima de tudo, dar a sua vida pela nossa liberdade", acrescentou o presidente.
Bolsonaro também disse que "pior que a dor da derrota, é a dor da vergonha de não ter lutado". "Todos nós, ao lado do Chaves, devemos nos preparar para se um dia a nação assim o pedir, se preciso for, darmos a nossa vida pela nossa pátria e pela nossa liberdade."
Bolsonaro finalizou a sua fala dizendo que levava a dor da mãe de Chaves junto com ele. "Sou pai de cinco filhos e peço a Deus que não passe por um momento como a senhora, o seu marido, o padrasto, os demais familiares estão vivendo. Deus abençoe a nossa pátria. Deus conforte o coração de todos. E minha continência a esse jovem paraquedista."
Após o término da cerimônia, Bolsonaro evitou a imprensa e saiu pelos fundos do local onde aconteceu o funeral, o ginásio do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, na zona oeste do Rio. O presidente voltou a Brasília às 11h45.
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