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Ataque ao Supremo foi 'cena absurda e lamentável', diz Maia

Para Maia, o disparo não foi feito por manifestantes, mas por vândalos, "que atacam instituições e ameaçam ministros do Supremo e parlamentares"

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a repudiar, nesta terça-feira (16/6), ataques de grupos extremistas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O disparo de fogos de artifício em direção ao prédio, no último sábado (13/6), foi uma "cena absurda", disse o deputado, em entrevista coletiva, na Câmara.

Para Maia, o disparo não foi feito por manifestantes, mas por vândalos, "que atacam instituições e ameaçam ministros do Supremo e parlamentares". Para ele, "o auge" foi "aquela cena absurda, lamentável, de fogos sendo mirados acima do STF", no sábado. "Alguns utilizam as manifestações para tentar criar um ambiente de ódio, de confronto, de ameaça", comentou.

"Uma coisa é defender aqueles que fazem manifestação democrática, e nisso o governo está certo. Certamente o governo, de forma nenhuma, defende aqueles que ameaçam e incitam ódio contra instituições democráticas", afirmou Maia. Ele voltou a dizer que o momento é de união e de "uma radical rejeição a esses ataques antidemocráticos ao Supremo".

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Questionado sobre a participação de Bolsonaro em atos anteriores, que também traziam pautas antidemocráticas, como fechamento do Supremo e do Congresso, Maia respondeu que o presidente "não carrega faixa, né?". Para ele, a presença do chefe do Executivo nas manifestações "gera um certo constrangimento".

Maia comentou que Bolsonaro, ao participar de manifestações da extrema-direita, toma cuidado para não ficar perto das faixas. "Certamente o presidente nunca falou a favor daquelas faixas. Em algum momento, ele começou a ter o cuidado de não estar participando de manifestações onde essas faixas estavam expostas", minimizou.