O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes se declarou impedido de julgar o habeas corpus do chefe da pasta da Educação do governo Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub. Defensores de Weintraub entraram com um pedido para que o executivo seja retirado do inquérito que investiga apoiadores do presidente da República suspeitos de difundir fake news.
Weintraub foi colocado no processo após a reunião ministerial de 22 de maio. As filmagens do encontro vieram à público depois que o já ex-ministro Sérgio Moro afirmou à Justiça que, no encontro, o presidente da República fez comentários sobre seu poder de mudar a direção geral da Polícia Federal quando bem entendesse. Nesse vídeo, o ministro da Educação chama os magistrados da suprema corte de vagabundos.
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Fachin, que é relator, votou contra o habeas corpus. “Este Supremo Tribunal tem jurisprudência consolidada no sentido de não caber habeas corpus contra ato de ministro no exercício da atividade judicante”, destacou. Rosa Weber e Celso de Mello acompanharam o voto do relator. E Marco Aurélio votou a favor da retirada dos ministros.