Após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffolli, se pronunciar repudiando atos bolsonaristas contra a Corte, os ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes também se manifestaram neste domingo (14/6).
Pelo Twitter, Gilmar Mendes afirmou que "a incitação à violência desafia os limites da liberdade de expressão", criticando fato da noite deste sábado (13/6), quando integrantes do grupo '300 do Brasil' apontaram fogos de artifício para o prédio do STF como forma de “dar um recado” aos membros da Corte. O ministro também parabenizou o Correio "pela corajosa cobertura desses atos".
"O STF jamais se curvará ante agressões covardes de verdadeiras organizações criminosas financiadas por grupos antidemocráticos que desrespeitam a Constituição Federal, a Democracia e o Estado de Direito. A lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá", publicou Moraes, nas redes sociais.
Já Barroso minimizou o alcance quantitativo e qualitativo dos atos, mas frisou que "isso não torna menos grave a sua atuação". O jurista se referiu aos grupos como "guetos pré-iluministas" e suscitou o apoio por parte de "instituições e pessoas do bem" para dar limites a esses grupos. "Há diferença entre militância e bandidagem."
O ataque dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro foi uma reação à ação da Polícia Militar do DF que havia desmontado, mais cedo, o acampamento dos 300 na Esplanada. Nos vídeos, um ativista diz: “(Estamos) em frente aos bandidos do STF. Isso é para mostrar para eles e para o bandido do GDF: não vamos arregar”.
Acusado de atirar os fogos e xingar o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), o ativista Renan Silva Sena, foi detido por policiais à paisana no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), abordagem filmada pela equipe do Correio.
Contra o ato, o o Ministério Público Federal (MPF) determinou a abertura imediata de inquérito policial para investigar o ocorrido.