O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta terça-feira (9/6), que espera reabertura rápida dos comércios após informações da OMS de que pacientes assintomáticos tem poucas chances de transmistir a doença.
Embora seja um estudo inicial, o chefe do Executivo disse que o “pânico começa a se dissipar” . A fala ocorreu durante a 34ª Reunião de Conselho do Governo, que, desta desta vez,
“A OMS nas últimas semanas tem tido algumas posições antagônicas. A penúltima sobre a hidroxicloroquina. Foi determinada a suspensão de pesquisa e depois voltou atrás. As pesquisa continuam no Brasil e não temos a comprovação científica ainda, mas relatos de pessoas infectadas e de médicos e grande parte tem sido favorável ao uso da da hidroxicloroquina com azitromicina”, afirmou o chefe do Executivo.
O presidente completou: “No dia de ontem (segunda-feira), mais um dado da OMS que a grande mídia ainda não divulgou. Tenho certeza que a mídia vai dar um grande destaque no dia de hoje a esta matéria, tenho certeza absoluta. Levando-se em conta a isenção e o compromisso da imprensa brasileira com a verdade acima de tudo porque foi noticiado ontem, também de forma não comprovada ainda, como nada é comprovado na questão do coronavírus, mas que a transmissão por parte de assintomáticos é praticamente zero, então isso vai dar muito debate e muitas lições serão tomadas”, apontou.
Segundo Bolsonaro, o estudo pode sinalizar a volta das atividades comerciais de forma mais rápida. “Com toda certeza isso pode sinalizar a uma abertura mais rápida do comércio e a extinção daquelas medidas restritivas adotadas segundo decisão do STF, adotadas por governadores e prefeitos. O governo federal não tem qualquer ingerência nessas medidas restritivas, como por exemplo, o fechamento de comércio, proibição de frequentar espaços públicos, entre outros”, defendeu.
Segundo ele, o estudo pode sinalizar a volta das atividades comerciais de forma mais rápida. Ele voltou a se eximir de culpa em relação a crise do desemprego no país e direcionou aos governadores. “Com toda certeza isso pode sinalizar a uma abertura mais rápida do comércio e a extinção daquelas medidas restritivas adotadas segundo decisão do STF, adotadas por governadores e prefeitos. O governo federal não tem qualquer ingerência nessas medidas restritivas, como por exemplo, o fechamento de comércio, proibição de frequentar espaços públicos, entre outros”.
Bolsonaro voltou a dizer que a mídia tem levado ‘pânico’ à população ao informar sobre os casos e óbitos de coronavírus. "Esse pânico que foi pregado lá atrás por parte da grande mídia começa talvez a se dissipar levando em conta o que a OMS falou por parte do contágio dos assintomáticos", completou.
O que disse a OMS sobre assintomáticos
Nessa segunda-feira (8/6), a infectologista e chefe do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou que a propagação de covid-19 a partir de pacientes assintomáticos é “muito rara.”
Segundo a médica, os dados levantados até agora mostram que pessoas que não apresentam os sintomas da doença possuem pouco potencial infectológico para contaminar indivíduos saudáveis. De acordo com a especialista, deve haver esforços dos governos para identificar e isolar pessoas que apresentam sintomas.
Bolsonaro disse que a imprensa terá um papel excepcional na discussão da questão dos assintomáticos. Segundo ele, caso a mídia trate o debate de forma positiva, será possível a retomada a normalidade.Pesquisas em relação ao tema cabem aos profissionais da saúde e ciência.
“A imprensa vai ter um trabalho excepcional, fundamental, ao discutir a questão da não transmissão por assintomáticos no tocante à reabertura de shoppings, comércios de maneira geral e demais atividades no Brasil. Quem sabe até, de acordo com a forma como a imprensa debater esse assunto, com pessoas realmente interessadas no futuro do Brasil e nas vidas em primeiro lugar, nós voltarmos aquela normalidade que tínhamos no começo do corrente ano”.
O presidente disse esperar “algo de concreto na próximas horas e dias” sobre a pesquisa. “Será muito bom. Não apenas para o Brasil, mas para o mundo todo. E também a OMS vai, com toda certeza, falar sobre as suas posições adotadas nos últimos meses que levou muita gente, em especial aqui no Brasil a segui-la de forma quase que cega. Devemos, sim, seguir as orientações desses órgãos, mas o debate, o contraditório e principalmente o efeito colateral dessas medidas não poderão ser deixadas de lado, conforme o nosso governo não deixou de lado”, defendeu.
Ele voltou a criticar o isolamento e disse que além das consequências econômicas, o confinamento contribuiu para o aumento da violência doméstica, abusos e depressão. “Garota em escola, o que influenciou na vida dessas crianças que estão em casa e não na escola. E com toda certeza, esse pânico que foi pregado lá atrás por parte da grande mídia começa talvez a se dissipar levando em conta o que a OMS falou por parte do contágio dos assintomáticos. O que nós mais queremos é voltar a normalidade e o país aí retornar ao caminho da prosperidade”, reclamou.
Durante toda a reunião, Bolsonaro insistiu que o estudo dos assintomáticos colocará fim ao isolamento horizontal. “Para reforçar, essa comunicação da OMS ontem de que o assintomático não transmite vai abreviar essa política do “fique em casa”, do isolamento absoluto até de lockdown que vai ajudar que os males não sejam maiores o efeito colateral do tratamento da pandemia”.
Pazzuelo
Bolsonaro também desejou “boa sorte” ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello. Na tarde desta terça-feira (9/6), a Comissão Externa da Câmara dos Deputados que debate sobre o coronavírus, ouvirá o ministro que foi convidado a explicar sobre a mudança na divulgação dos dados do novo coronavírus.
“A gente deseja boa sorte ao Pazuello hoje a tarde. Tenho certeza de que tudo que foi falado nos últimos dias será realmente explicado e tenho certeza que a população adotará como precisa essa contagem dos números sobre o coronavírus. A gente torce, pede a Deus, para que o mais brevemente possível nós tenhamos um ponto final nessa questão”.
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