O risco de haver confronto entre manifestantes em Brasília, hoje, levou o Governo do Distrito Federal a reforçar o monitoramento da Polícia Militar. O governo federal também acompanha a movimentação de manifestantes contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro. Um contingente de 300 policiais da Força Nacional de Segurança Pública estará de prontidão na Esplanada, caso tenham de entrar em ação.
Durante a semana, Bolsonaro chegou a pedir, em sua live, que manifestantes pró-governo evitassem ir às ruas. Esse pedido, no entanto, não será atendido por algumas pessoas que apoiam o governo e que promeTem marcar presença na Praça dos Três Poderes.
O próprio presidente é assíduo frequentador de todas as mobilizações que acontecem em Brasília em sua defesa, as quais são organizadas por grupos de extrema direita e que pedem o fechamento do Supremo Tribunal Federal e a saída de Rodrigo Maia da Presidência da Câmara. Ele se referiu às mobilizações contra seu governo como ações “terroristas”, emulando as palavras do presidente americano Donald Trump.
A mobilização de hoje deve marcar uma mudança de postura em Brasília em relação a Bolsonaro que, até então, não assistiu a grandes mobilizações contra ele. Os últimos domingos na capital têm sido marcados por manifestações a favor do presidente. Um grupo de extrema direita, autodenominado 300 do Brasil, tem feito diversos atos antidemocráticos e de cunho fascista na Praça dos Três Poderes. Há receio de que esses manifestantes entrem em choque com grupos que pedem o impeachment de Bolsonaro.
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) declarou que “está preparada para orientar a população e garantir a segurança e o direito à manifestação das pessoas” e que as Forças de Segurança e os demais órgãos do DF estarão presentes com o “efetivo necessário”. Por questões de segurança, haverá mudanças no trânsito da Esplanada e não será permitido o acesso de veículos à Praça dos Três Poderes, somente o de pedestres.