Dados do Twitter levantados pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV/Dapp) a pedido do jornal O Estado de S. Paulo mostram que o presidente perdeu capacidade de atrair novos seguidores desde março, quando pediu o fim do isolamento social. Esse foi também o momento em que recebeu mais comentários negativos na rede social.
O pronunciamento na televisão no dia 24 de março, no qual o presidente classificou a pandemia como "histeria", foi o momento em que ele mais ganhou seguidores (o saldo do dia foi de 32.178) e mobilizou o maior número de menções a seu nome: 655.133 comentários. Porém, segundo o estudo, 59% desses comentários foram negativos, 40%, positivos e 1%, neutro.
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Desde o dia seguinte, ele passou a apresentar queda significativa em seu saldo de novos seguidores e até 22 de maio não havia conseguido se recuperar, chegando a perder seguidores, de acordo com a análise.
Para o diretor de Análise de Políticas Públicas da FGV, Marco Aurélio Ruediger, o governo falhou na avaliação sobre o impacto que a pandemia teria.
Isso fez com que Bolsonaro perdesse uma parte do capital político de apoio que parte do centro emprestava para a direita. "A pandemia turbinou uma crise política que já estava à vista."