Carla Zambelli diz que inquérito contra Weintraub é perseguição política

Investigação que está no STF apura crime de racismo que teria sido cometido pelo ministro, que foi depor nesta quinta-feira na PF

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse nesta quinta-feira (4/6) que o inquérito que apura crime de racismo que teria sido cometido pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, se trata de perseguição política. Questionada sobre como via este inquérito e outros que estão no Supremo Tribunal Federal (STF) contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, a parlamentar afirmou:

"Isso é pura perseguição política. Pura perseguição política para calar os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. E isso denota que não há qualquer interferência na PF. Se houvesse, eu não estaria aqui hoje. Se houvesse, o Weintraub não estaria aqui hoje. Isso só mostra que as instituições estão funcionando", disse.

A deputada estava na PF para prestar depoimento no âmbito do inquérito das fake news, que está no STF. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, relator, emitiu 29 mandados de busca e apreensão contra ativistas, blogueiros, políticos e empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

O inquérito envolvendo Weintraub foi aberto devido a uma publicação feita por ele nas redes sociais na qual ele satiriza a forma como os chineses falam a Língua Portuguesa. O ministro publicou um texto no qual trocou o R pelo L junto com uma imagem do gibi "A Turma da Mônica", que tem um personagem que troca as letras. No texto, ele ainda insinua que a China sairá fortalecida da pandemia. O ministro apagou a publicação. 

A deputada Carla Zambelli também falou especificamente sobre o inquérito das fake news, dizendo que está havendo uma perseguição a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. "Todos os investigados são apoiadores do governo", disse. A parlamentar questiona o fato de o inquérito ter apenas pessoas que apoiam o presidente e diz que pessoas da esquerda já falaram de forma muito mais desrespeitosa sobre o STF.