Após especulações de que o Brasil não seria chamado para a reunião do G7 que será sediada pelos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirma que conversou com Donald Trump na tarde de ontem (1º/6) e, por fim, participará do encontro. Na último sábado, a bordo do avião presidencial, o mandatário estadunidense teria dito que estenderia o convite a outras nações e formaria um “G10 ou G11”, o Brasil, porém, não foi citado na ocasião.
Os países mencionados por Trump para completar o grupo que, segundo ele, estaria com a composição desatualizada foram Austrália, Rússia, Coreia do Sul e Índia. O encontro que ocorreria no próximo mês será adiado, provavelmente, para setembro. O G7 representa os países mais industrializados no mundo é formado até o momento pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
A falta de convite ao Brasil poderia representar um afrouxamento no laço que o governo Bolsonaro vem tentando estabelecer com os EUA. Contudo, o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Juliano Cortinhas, enfatiza que o rebaixamento do Brasil aos olhos de outras potências mundiais é uma consequência da política externa estabelecida pelo chanceler Ernesto Araújo e por Jair Bolsonaro, “que se concentrou exclusivamente em aspectos ideológicos e deixou de buscar a maximização do interesse nacional nas relações exteriores”. De acordo com o internacionalista, a conduta de política externa dos Estados Unidos é pragmática e eles só investem em países que “verdadeiramente tenham algo a oferecer”, uma simples aproximação ideológica entre Bolsonaro e Trump não seria suficiente já que o Brasil passa por profundas crises no momento.
Após a declaração do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais, o ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também se manifestou: “A entrada do Brasil num G7 reconfigurado resulta da aliança q construímos c/ os EUA e do entrosamento c/ os outros membros do grupo. Confirma não só nossa importância econômica mas sobretudo o prestígio internacional que, com o PR JB, o Brasil adquiriu como defensor da liberdade”.
Até o momento não foram feitos convites oficiais nem foram registradas novas declarações de Donald Trump.