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Em 13 de abril, Terra afirmou que o pico da pandemia do novo coronavírus estava perto do fim. O deputado afirmava: “Eu estou convencido que o pico é agora, e termina em maio”, “não é o apocalipse como estão prevendo”. Ainda em abril, Terra se equivocou ao dizer, em seu Twitter, que os Estados Unidos já tinham registrado o pico da doença. Quando o Brasil já tinha 10 mil mortes por coronavírus, Osmar Terra criticava o isolamento social. "Depois que a epidemia está circulando, trancar as pessoas em casa é um erro", disse o ex-ministro da Cidadania do governo Jair Bolsonaro.
O presidente, inclusive, chegou a compartilhar as ideias de Terra em seu Twitter. Ao longo da pandemia, ambos foram na contramão das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), pedindo o fim do isolamento social, mas não apresentaram comprovações técnicas para fundamentar o argumento.
A pandemia se agravou em maio, o pior mês da doença no país até agora. Terra, então, levantou a bandeira da hidroxicloroquina. A polêmica sobre o uso do medicamento para tratar pacientes em fase inicial de COVID-19 esteve entre os motivos que derrubaram dois ministros da saúde, Henrique Mandetta e Nelson Teich, durante a maior crise de saúde da história do Brasil. A comunidade científica já apresentou estudos que mostram os riscos que a cloroquina pode causar.
No dia 8 de maio, o novo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, Dimas Covas, disse que a quarentena evitou cerca de 40 mil mortes no estado. Também neste mês, pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que sem a quarentena, mortes por COVID-19 em BH já teriam quadruplicado. Além disso, é consenso entre os especialistas que o distanciamento social é fundamental para evitar a contaminação de uma grande quantidade de pessoas, o que poderia provocar o colapso do sistema de saúde.