Politica

"Estou chateado com o inquérito sim", diz Bolsonaro sobre ação do STF

Declaração foi dada durante live do presidente nas redes sociais

Correio Braziliense
postado em 28/05/2020 21:02
Declaração foi dada durante live do presidente nas redes sociaisO presidente Jair Bolsonaro afirmou na live das redes sociais desta quinta-feira (28/05), estar chateado com a ação movida pelo Supremo 

“Estou chateado com o inquérito sim. Respeitosamente a quem está fazendo, mas é um inquérito que não tem base legal nenhuma, é inconstitucional. Tem muita coisa errada que está acontecendo. Se não me engano, está com 7 mil páginas, 5 mil páginas, muitos anexos. Nessa ação de ontem, quebraram sigilo fiscal do pessoal tentando ver se essa gente recebe dinheiro de alguém. De mim não recebe até porque eu não tenho , fonte de recurso para isso. Zero.”

Durante a tarde, Bolsonaro se reuniu com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre no Palácio do Planalt que tinha com a missão baixar a temperatura na Esplanada. O encontro é visto como uma tentativa de pacificação entre os poderes Executivo e Legislativo.

Pela manhã, Bolsonaro adotou um discurso inflamado ao conceder entrevistas criticando a ação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a operação deflagrada ontem (27) pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, que expediu mandados de busca e apreensão no âmbito do inquérito das fake news. A investigação apura ameaças e ofensas contra os magistrados do STF. Ele não escondeu o descontentamento com a medida. Os alvos foram 13 aliados e apoiadores do presidente.

Segundo o chefe do Executivo, “ordens absurdas não se cumprem”. Bolsonaro se referiu á operação contra os aliados como “um dia triste”, mas disse em tom de ameaça que “será o último”.

Saiba Mais

De acordo com Bolsonaro, tudo tem um limite. Exaltado, ele chegou a falar um palavrão em meio a entrevista de imprensa e enviou um recado direto a côrte dizendo que “Não teremos outro dia como ontem”.

“Podemos falar em democracia sem um Judiciário independente, sem um Legislativo independente, para que possa tomar decisões, não monocraticamente por vezes, mas são questões que interessam ao povo com um todo, que tomem, ams de modo que seja ouvido o colegiado. Acabou, porra! Me desculpem o desabafo. Acabou. Não dá para admitir mais a atitude de certas pessoas individuais. Tomando de forma quase que pessoal, certas ações”, apontou.



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