Na avaliação de Reale Junior, que fez a declaração em entrevista à rede de tevê CNN Brasil, Bolsonaro faz isso para justificar medidas cada vez mais autoritárias. Segundo o jurista, Bolsonaro tenta convencer a população de que está sob um ataque antidemocrático e que, por isso, tem o direito de reagir.
"É o caminho do bolivarismo o que estamos assistindo", alertou. O bolivarismo é o nome dado à doutrina seguida por alguns líderes latino-americanos e cujo maior representante hoje é o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Declarações após decisão de Moraes
Bolsonaro fez uma série de declarações após o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizar, na quarta-feira, uma operação de busca e apreensão que mirou apoiadores do presidente que são suspeitos de disseminar fake news e realizar ataques virtuais à Suprema Corte.
Ainda na quarta-feira, o presidente disse, nas redes sociais, que a operação "é um sinal de que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia". Em outra manifestação, o presidente escreveu: "Estamos trabalhando para que se faça valer o direito à livre expressão em nosso país. Nenhuma violação desse princípio deve ser aceita passivamente!". Nesta quinta-feira, o presidente disse que não haverá mais ações do tipo. "Acabou!", garantiu.
Ainda na quarta-feira, o presidente disse, nas redes sociais, que a operação "é um sinal de que algo de muito grave está acontecendo com nossa democracia". Em outra manifestação, o presidente escreveu: "Estamos trabalhando para que se faça valer o direito à livre expressão em nosso país. Nenhuma violação desse princípio deve ser aceita passivamente!". Nesta quinta-feira, o presidente disse que não haverá mais ações do tipo. "Acabou!", garantiu.
Filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez outra declaração que sofreu críticas. Segundo o parlamentar, haverá uma "ruptura insitutucional" no país e disse que a situação podia levar o pai a tomar uma "reação enérgica".
Nesta quinta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou as falas de pai e filho. Sobre o que disse o presidente, Maia considera que as falas "trazem insegurança". Já a declaração de Eduardo, o presidente da Câmara classificou como "grave" e não descartou uma representação no Conselho de Ética da Casa. "Se algum partido entender que há um crime na frase dele, pode representar no Conselho de Ética”, orientou Maia.
Nesta quinta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou as falas de pai e filho. Sobre o que disse o presidente, Maia considera que as falas "trazem insegurança". Já a declaração de Eduardo, o presidente da Câmara classificou como "grave" e não descartou uma representação no Conselho de Ética da Casa. "Se algum partido entender que há um crime na frase dele, pode representar no Conselho de Ética”, orientou Maia.